DIA DO ENGENHEIRO DE PESCA - 14 DE DEZEMBRO - Profissão - Curso - Mercado de trabalho

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A Engenharia de Pesca possui quatro grandes áreas de atuação: Aqüicultura, Pesca Extrativa, Tecnologia do Pescado (voltada para tecnologia de alimentos) e Manejo Ambiental. No dia-a-dia, o engenheiro é quem planeja, orienta os cultivos e assessora os pescadores sobre como praticar uma melhor técnica, tanto para capturar como para preparar os produtos para o consumo.

A profissão

A profissão ainda é pouco conhecida, mas o trabalho é cada vez mais valorizado pelo mercado. Parece até história de pescador, mas na última década, uma das áreas da Engenharia de Pesca, a Aqüicultura - criação de animais e plantas aquáticos -, cresceu 920%, tomando o lugar da pesca extrativista, que está chegando ao limite. E a tendência é que esse quadro melhore pelos próximos 20 anos. O profissional desta área tem um campo de trabalho bastante extenso.

"O engenheiro de pesca pode trabalhar tanto na iniciativa pública, em instituições de ensino ou pesquisa, como na privada, em empresas e indústrias relacionadas a todas as áreas da produção pesqueira", afirma o coordenador do curso de Engenharia de Pesca da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), Robie Allan Bombardelli.


O curso

No curso, que dura cinco anos, os estudantes aprendem todas as fases do desenvolvimento da pesca. Desde as matérias básicas de qualquer engenharia, como Física e Cálculo, até as mais específicas, que envolvem Topografia, Aqüicultura, Confecção de Aparelhos de Pesca e Técnicas de Captura, Navegação e Limnologia (estudo da ecologia de ambiente de água doce).

O mercado de trabalho

No Brasil, o grande pólo pesqueiro está no Nordeste, Norte e Sul. "Mas a mão-de-obra não se localiza somente no litoral, porque nosso país tem o maior potencial de água doce do mundo", explica o presidente da FAEP-BR (Federação das Associações de Engenheiros de Pesca do Brasil), Leonardo Teixeira de Sales.

As perspectivas do mercado são otimistas. "Não há um horizonte de queda porque o Brasil é muito jovem nessa atividade. Acredito que nos próximos 15 ou 20 anos continuaremos crescendo na produção pesqueira", afirma Teixeira. "A expectativa é de crescimento, ou seja, o Brasil apresenta um dos maiores potenciais para a aqüicultura continental e marinha do mundo, além da pesca. A Aqüicultura se apresenta como uma das atividades de produção de alimento que mais cresce no mundo atualmente. Vejo que os futuros profissionais devem exercer a profissão obedecendo aos conceitos do desenvolvimento sustentável, baseado na eficiência econômica, na equidade social e na prudência ecológica, permitindo produzir e explorar organismos aquáticos ao longo do tempo", destaca o profissional Rodrigo Campagnolo.

Há opções de trabalho também no exterior, já que o engenheiro brasileiro é muito bem visto lá fora. Tanto que muitos engenheiros do Brasil já atuaram ou atuam na FAO (Food and Agriculture Organization), uma organização internacional que trabalha com estatísticas, ordenamento e administração de recursos alimentares. Porém, Bombardelli ressalta: "Todo profissional de terceiro mundo sofre uma certa discriminação independentemente da profissão". A maior dificuldade que os engenheiros de pesca encontram é a falta de reconhecimento da profissão, o que acaba dando espaço para biólogos, zoólogos e oceanólogos dentro da área. "Os primeiros profissionais que se formaram sentiram muita dificuldade em ter credibilidade, porque as pessoas não conheciam o trabalho. Mas é uma desvantagem que com o passar do tempo será superada", acredita o coordenador.

Para se dar bem na profissão, o engenheiro de pesca precisa ter conhecimentos de Informática, Língua Estrangeira e muita capacidade de adaptação a diferentes situações e lugares. O perfil desse profissional é de uma pessoa que realmente goste do campo de trabalho, de aventura, de ações ousadas, de ser participativo e criativo.

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