A idéia de homenagear o voluntário começou a partir de um diálogo entre os países que integram a Organização das Nações Unidas - a ONU, que tradicionalmente sempre manteve e mantém um programa de voluntários, além de várias instituições de voluntários espalhadas pelo mundo afora.
Os idealizadores da campanha organizaram essa homenagem, pensando que seria a melhor forma de valorizar esse tipo de trabalho e também uma oportunidade sem igual para que grupos e instituições de voluntariado revejam suas prioridades, reforcem seus métodos e técnicas, além de incentivar a experiência de intercâmbio, por meio da troca de informações.
Trata-se de uma forma de ampliar, dimensionar o trabalho voluntário, em uma época em que o mundo é cada vez menor e interligado, através do fenômeno político e econômico da globalização. A diferença é que, em se tratando de ajuda, a esfera solidária torna maior o mundo e melhor os homens.
O voluntário
Quando pensamos na ação voluntária, associamos imediatamente à idéia de alguém numa situação superior que vai de encontro ao inferior, ao carente, ao necessitado de ajuda. E é normal que pensemos assim.
No episódio das torres gêmeas, em Nova Iorque, por exemplo, assistimos muitas pessoas auxiliando os bombeiros a tentar achar sobreviventes entre os destroços e mesmo a limpar a área atingida.
Uma imagem que nos faz pensar no que foi dito acima: pessoas que estão livre do problema em questão ajudando os que se encontram em situação difícil. Mas o ato do voluntariado é algo bem mais profundo e sensível.
Estendermos as mãos ao próximo, ao semelhante, é um ato que exige primeiro coragem, ou seja, disposição em se comprometer, em doar seu tempo ou seu talento, segundo generosidade, que também pode ser entendida como real solidariedade, aquela que não espera nada em troca, e terceiro que enfrentemos nossa própria fraqueza. E estar diante da própria fraqueza é admitir que, ao ajudar, queremos nos sentir melhores, curar nossas próprias feridas, superar nossas próprias limitações.
05 de dezembro - Dia Internacional do Voluntário
O ato voluntário, por isso, é antes de tudo - ou deve ser antes de tudo - um ato impensado, mas não impensado no sentido de não refletir (ao contrário! Exige de nós muita reflexão e equilíbrio interior), mas impensado no sentido de se lançar. De se jogar de peito aberto, como quem diante de uma grande onda, ao invés de recuar, mergulha.
O perfil do voluntário
Vemos pessoas de todas as idades, crença, sexo, nacionalidade ou classe social se engajando ou contribuindo para melhorar a comunidade em que vivem ou mesmo onde não convivem, movidas por um único sentimento: a compaixão.
E talvez aí, sim, poderíamos falar de um mesmo perfil: o perfil de um sentimento que une todos em direção a um objetivo de harmonia e partilha. Na predisposição para a participação e a solidariedade, sem visar qualquer lucro material.
No dia 5 de dezembro de 2000, a Organização das Nações Unidas - ONU lançou o ano de 2001 como o ano Internacional do Voluntário, com o apoio de inúmeros países, inclusive o Brasil. Neste dia, que ficou consagrado como o Dia Internacional do Voluntário, foi lançada também uma campanha para dar visibilidade ao trabalho voluntário no mundo inteiro.
Como ser um voluntário
O trabalho voluntário varia e é dependente da cultura, dos valores, tradições e necessidades de cada lugar.
Uma senhora idosa, por exemplo, que nunca trabalhou e foi a vida inteira dona de casa, pode muito bem ser voluntária em alguma instituição de ensino, dando dicas caseiras de temperos e de limpeza ou simplesmente passando experiências de vida, contando histórias que não estão em nenhum livro.
Experiências de juntar pessoas da terceira idade com crianças, aliás, vem dando bons resultados. A relação mágica "vovó-neto" ou vovô-netinha" e vice-versa é bom para a criança e é bom para o idoso também, que se sente valorizado em sua trajetória de vida. A criança, por sua vez, se sente à vontade na companhia dos "vovós", que costumam ser mais pacientes e compreensivos com elas. Mas isso é só um exemplo entre os milhares que existem sobre o trabalho voluntário. Usando a imaginação e inventando nossa própria maneira de ser voluntários gastaríamos páginas e páginas de internet.
Voluntários podem trabalhar como treinadores, monitores, educadores, enfermeiros e médicos, seja no dia-a-dia ou em situações de conflito, guerras civis e desastres naturais. Importante ter em mente que ninguém precisa ser formado em nada para ser voluntário. Basta saber doar seu tempo e reservar um pouquinho só de disposição e carinho.
Para receber atualizações das matérias:
Você receberá um e-mail de confirmação, é só seguir o link e confirmar.
Ir para Datas Comemorativas