Domingos José Gonçalves de Magalhães - Poeta, romancista, contista e jornalista - nasceu no Rio de Janeiro aos 13 de agosto de 1811. Matriculou-se no Colégio Médico-Cirúrgico da Santa Casa de Misericórdia e, aos 21 anos, freqüentou o curso de Filosofia de Monte Alverne, no Seminário Episcopal de São José. Em princípios do ano seguinte foi para Paris (França). Viajou por toda a Europa e neste tempo escreveu Napoleão em Waterloo.
Por volta de 1830, retorna a Paris, começou a escrever na revista Niterói e publica os Suspiros poéticos e saudades, seu livro mais conhecido, que marca o início da nova fase na poesia brasileira. Em 1837, regressou ao Brasil e em 1838 é encenada sua tragédia, Antônio José ou O poeta e a Inquisição, por João Caetano. No ano seguinte, foi representada a tragédia Olgiato, que fez inspirada em um episódio da história de Milão (Itália). Traduziu ainda neste ano, o Otelo de Ducis, para o amigo João Caetano.
Em 1837, foi nomeado para a cadeira de Filosofia no Colégio Pedro II, recém-inaugurado, mas não pôde lecionar por falta de alunos e discípulos, por isso, quis formar uma classe de alunos estranhos ao colégio, mas, não obtendo licença, desligou-se da instituição.
Em dezembro de 1837, partiu para o Maranhão, como secretário do coronel Luís Alves de Lima e Silva, futuro Duque de Caxias, regressando em 1841 para assistir à coroação do imperador. No ano seguinte, retorna ao Colégio Pedro II dando a aula inaugural de Filosofia. Em 1842, foi para o Rio Grande do Sul, chamado por Duque de Caxias.
Em 1846, é lá eleito deputado. Casou-se em 1847 e foi logo após nomeado cônsul-geral e encarregado de negócios interinos no Reino das Duas Silícias (Itália). Neste mesmo ano perde os dois filhos: Domingos e Luís. Começou a escrever a Confederação dos Tamoios, que lhe custou sete anos de trabalho, sendo publicado apenas em 1856, com a ajuda de Pedro II, pela Editora Paula Brito.
A obra foi bastante criticada, considerada enfadonha e medíocre pela maioria dos críticos. Quase no fim da vida, em 1876, recebe o título de Visconde de Araguaia. Morreu em Roma (Itália) no dia 10 de julho de 1882.
PRINCIPAIS OBRAS
Poesia
Poesias (1832); Suspiros Poéticos e Saudades (1836); A confederação dos Tamoios (1856); Os mistérios (1858); Ucrânia (1862); Cânticos Fúnebres (1864).
Teatro
Antônio José (1838); Olgiato (1839).
Ensaios
Opúsculos Históricos e Literários (1865).
Filosofia
Fatos do Espírito Humano (1858)
A Alma e o Cérebro (1876)
Comentários e Pensamentos (1880).
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