Mostrou que era possível utilizar motores movidos a explosão em balões de hidrogênio e projetou vários dirigíveis. Em 1901, ao voar em torno da Torre Eiffel com o Dirigível nº 5 alcançou a notoriedade, ganhando o prêmio Deutsch de La Meurthe, prêmio que havia sido prometido pelo magnata de mesmo nome a quem circundasse a torre por 30 minutos, por seus próprios meios, sem tocar o solo ao longo de todo o percurso.
O Dia do Aviador
O século XIX e início do século XX foram épocas de grandes invenções. Dentre os grandes desafios do homem estava o de conseguir voar.
Falar da história da aviação é falar do brasileiro Alberto Santos Dumont, alguém que, com muito estudo, muita curiosidade e também muita coragem, conseguiu se destacar dos demais. Por ter conseguido provar que era possível pilotar um avião dirigível, ganhou um prêmio na França e a fama para sempre.
14-Bis - Santos Dumont - Pai da Aviação
Em 19 de outubro de 1901, Santos-Dumont foi declarado "Patrono da Força Aérea Brasileira". O Brasil concedeu a Santos-Dumont, em 23 de outubro de 1991, o título de “Pai da Aviação”.
Outros tentaram
O pintor italiano Leonardo da Vinci era um estudioso de tudo o que se relacionava com a vida humana. Hoje se pode afirmar: era um sábio. No século XV, fez vários experimentos no sentido de voar: asas presas ao corpo, hélices e pára-quedas. Suas milhares de anotações e cálculos ficaram fora do acesso do público por muito tempo até que puderam ser descobertas e compreendidas.
No século XVIII muitas experiências foram feitas com balões, mas o homem ainda não sabia como conduzi-los: voar era mesmo com o vento. As experiências com motores eram em vão - estes eram pesados e os balões continuavam não dirigíveis. Consta que dois brasileiros se destacaram nesse empreitada: Júlio César Ribeiro de Souza, no final do século XIX, teria testado em Paris, com sucesso, um balão dirigível e um outro brasileiro de nome Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, já no início do século XX, projetou o balão dirigível Pax, que explodiu em vôo.
A história registra que, em 1903, os irmãos Wright, nascidos nos Estados Unidos da América, utilizando um plano inclinado, saltaram para voar 40 metros e em vôos subseqüentes, melhoraram a distância até mais de 200 metros.
Mas o que também consta é que Santos Dumont foi o pioneiro a construir e levantar vôo em uma aeronave "mais pesada que o ar", sem ajuda para decolar. Isto aconteceria em 1906, quando a bordo de seu famoso 14-bis, rolou por 100 metros, levantou vôo, percorreu 60 metros em poucos segundos, num vôo nivelado a poucos metros do solo, o primeiro vôo motorizado realizado na Europa. Ganhou dessa vez o prêmio Archdeacon, de um americano que premiava o aeronauta que conseguisse voar nivelado pelo menos por 25 metros.
Monumento a Santos Dumont - SP
Santos Dumont, um exemplo
Alguns prêmios e títulos vieram para Santos Dumont acompanhados de valores em dinheiro, dos quais ele nunca usufruiu, assim como nunca patenteou seus inventos. Dizem que considerava o fato de que outros viessem a seguir seu rastro e por isto não se preocupava em ser copiado. Seu monoplano Demoiselle (trata-se de aeroplano feito em um só plano de sustentação) serviu de modelo a aeronaves construídas depois.
Do Brasil, entre muitas homenagens, Santos Dumont recebeu, em 1959, o título de Marechal-do-Ar. 70 anos depois de seu vôo em torno da Torre Eiffel, ele foi declarado Patrono da Força Aérea Brasileira. E em 23 de outubro de 1991 o governo brasileiro o transformou em Pai da Aviação, passando o título de Patrono da Força Aérea Brasileira para o Marechal-do-Ar Eduardo Gomes.
Consta também que envelheceu deprimido, por ter sido seu invento um modelo para os aviões utilizados na primeira guerra mundial. Para ele, seus projetos tinham a finalidade de servir como meio de transporte e também como meio de proporcionar belos momentos de lazer. Santos Dumont morreu no Brasil, em 1932.
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