O nome réptil vem do latim reptare, rastejar. De fato a característica mais comum dos répteis é a locomoção por meio do rastejamento, roçando o ventre no solo.
Os répteis mais conhecidos são as cobras e os lagartos, principalmente porque eles estão melhores distribuídos do que os crocodilianos, tartarugas e tuataras, que também pertencem à classe reptiliana. Mais de 7.000 espécies de répteis têm sido classificadas, a maioria delas encontrada nos climas tropicais e subtropicais.
Os répteis são quase sempre fáceis de identificar, graças a algumas características em comum que os diferenciam dos outros animais terrestres ou semiterrestres. O sinal que mais identifica um réptil é a pele escamosa que cobre quase todo o seu corpo.
Alem da pele escamosa, os Répteis apresentam algumas características em comum:
Membros locomotores situados no mesmo plano do corpo (justificando assim, o rastejamento do ventre no solo);
Pele seca e freqüentemente recoberta por fâneros, como escamas, placas dérmicas, plastrões e carapaças. Em muitos casos, ocorrem mudas dos tegumentos, com a eliminação das camadas mais superficiais da epiderme;
O sistema digestivo é completo, com glândulas bem desenvolvidas, como fígado e pâncreas, terminando em cloaca;
A respiração é estritamente pulmonar (os répteis possuem um pulmão com alvéolos, portanto melhor que o dos anfíbios);
A circulação é fechada, dupla e completa;
São pecilotérmicos, ou seja, a temperatura do seu corpo varia de acordo com o ambiente.
Envoltórios embrionários (Âmnio, cório, saco vitelino e alantóide) presentes durante o desenvolvimento; filhotes quando eclodem (nascem) assemelham-se aos adultos; sem metamorfose.
Fecundação interna, geralmente por órgãos copuladores; Algumas espécies botam ovos grandes (ovíparas), com grandes vitelos, em cascas córneas ou calcárias, como os jacarés, as tartarugas e algumas cobras e lagartos. Outras espécies são vivíparas, ou seja, os ovos são retidos pela fêmea para o desenvolvimento dos filhotes (ex. algumas cobras e lagartos). O surgimento do ovo amniótico neste grupo, proporcionando proteção mecânica e contra a dessecação, foi um fator importante na conquista do ambiente terrestre.
CLASSIFICAÇÃO
Com cerca de 6500 espécies, mais de 95% são lagartos e cobras, o grupo dos Répteis vivos está atualmente dividido em quatro ordens. São elas:
Chelonia ou Testudines: Ex.: quelônios, tartarugas, cágados ou testudinados (cerca de 270 espécies)
Squamata (escamados), divididos em duas subordens:
1- Sauria (sáurios, lagartos, ou lacertílios) pouco mais de 3000 mil espécies (ex: lagartos);
2- Ophidia (ofídios, cobras ou serpentes) com umas 2500 espécies (ex: cobra);
Crocodilya: Ex: crocodilídios, jacarés, gaviais (com 23 espécies);
Rincocephalia: compreende uma única espécie o tuatara (Sphenodon puntactun) um verdadeiro "fóssil vivo", o mais parecido aos antigos Répteis.
CHELONIA
Caracterizados pela presença de uma carapaça óssea complexa; são conhecidos desde o Triássico e são encontrados nos mais variados ambientes.
Tartarugas e jabutis pertencem à ordem Chelonia, um dos tipos mais antigos de répteis. As primeiras tartarugas evoluíram há mais de 200 milhões de anos, aproximadamente na época dos primeiros dinossauros, e muitas famílias têm mudado pouco desde então. As tartarugas são criaturas com características definidas, com suas mandíbulas com bico, ausência de dentes e carapaças feitas de placas ósseas sobrepostas. A maioria das tartarugas aquáticas, como as terrapins e as pond turtles, tem pés com solas e conchas mais baixas que as auxiliam na hora de nadar. As espécies terrestres, como os jabutis, têm pés mais pesados e voltados para dentro e possuem conchas em forma de domos.
Existem mais de 300 espécies de tartarugas no mundo inteiro, muitas delas perto ou dentro de ambientes aquáticos. Os exemplos mais conhecidos talvez sejam as tartarugas marinhas, apesar de que a grande maioria é associada com tipos de vida terrestre ou de água doce. Sem importar seu modo de vida, todas as tartarugas respiram ar e colocam seus ovos na terra. Embora muitas pessoas considerem as tartarugas criaturas pacíficas, muitas são caçadoras carnívoras e comem qualquer coisa, desde pequenos invertebrados até peixes e outros animais maiores. Algumas, como a extraordinária matamatá da América do Sul e o American alligator snapper, têm evoluído formas de camuflagem altamente sofisticadas que as ajudam a capturar os peixes com mais eficiência. Outras são conhecidas por sua lentidão, caminhando vagarosamente pela vegetação.
As tartarugas são consumidas como alimentos em várias partes do mundo, principalmente pela carne e os ovos. Muitas espécies estão ameaçadas de extinção, devido à caça e à perda do hábitat. Outras são tidas como animais de estimação, o que contribui para a diminuição do número de suas espécies.
SQUAMATA
1- Lacertílios
Lacertilia é a ordem dos squamatas que inclui os animais vulgarmente designados por lagartos. O grupo caracteriza-se pela presença de quatro patas, o que o distingue da sub-ordem Serpentes, pálpebras nos olhos, e ouvidos externos. As famílias Anniellidae e Anguidae correspondem a répteis sem patas que parecem cobras mas que no entanto são lagartos tendo em conta a estrutura do esqueleto.
Os lagartos são animais que vivem em regiões que variam desde florestas à regiões desérticas, possuem hábitos que variam de arborícola à fossório, são desde herbívoros a eficientes predadores, podem possuir quatro, dois ou nenhum membro surgem em diversos tamanhos e variam de poucos centímetros a dois-três metros de comprimento.
Os lagartos são famosos pela rapidez, pelo estado de alerta e pela habilidade para subir ou correr em volta de obstáculos, o que os ajudam a evitar muitos predadores perigosos. Muitas espécies podem deixar cair suas caudas quando são ameaçadas ou pegas. Embora sejam geralmente inofensivos, a maioria das espécies morde quando é capturada, causando dor intensa nos seus captores. Duas espécies, o lagarto-de-contas e o monstro de gila possuem um veneno muito parecido ao de algumas cobras, embora apresentem pouco risco para os humanos.
TIPOS DE LAGARTOS:
Camaleão (família Chamaeleonidae)
Os camaleões são famosos por sua alegada habilidade em trocar de cor conforme o ambiente, por sua língua rápida e alongada, e por seus olhos, que podem ser movidos independentemente um do outro.
O nome "Camaleão" significa "leão da terra", e é derivado das palavras gregas Chamai (na terra, no chão) e leon (leão).
É um lagarto bastante antigo, já que há registros fósseis de camaleões desde períodos tão longínquos quanto o Terciário.
A legada mudança de cor
Ao contrário da crença popular, o camaleão não é incolor, e nem muda de cor de acordo com a cor do ambiente: na verdade, a mudança de sua cor básica é expressão de uma condição física ou psicológica do lagarto.
A pele troca de cor sob a influência de seu humor, da luz ou da temperatura.
A mudança de cor também tem um papel importante na comunicação durante lutas entre camaleões: as cores indicam se o oponente está assustado ou furioso.
Acidentalmente, a mudança de cor pode ajudar no mimetismo do animal, embora esta não seja uma ocorrência frequente, e sim ocasional.
Os camaleões têm células especializadas em duas camadas sob a sua pele externa transparente. As células na camada superior, chamadas de cromatóforas, contém pigmentos amarelos e vermelhos. Abaixo das células cromatóforas há outra camada e células: as guanóforas, que contém uma substância cristalina e incolor (a guanina). Os guanóforos refletem, entre outras, a cor azul da luz incidente. Se a camada superior de cromatóforas for amarela, luz refletida se torna verde (azul mais amarelo). Uma camada de pigmento escuro (melanina) contendo melanóforos está situada ainda mais profundamente, abaixo das guanóforas refletoras de luz azul e branca. Estes melanóforos influenciam o brilho e a claridade da luz refletida.
Todas essas diferentes células pigmentares podem relocar seus pigmentos, influenciando assim a cor da luz que é refletida.
Calango-verde são lagartos pequenos, de cauda muito longa, cilíndrica e afilada, cujo comprimento ultrapassa o corpo. Podem perder parte da cauda devido a brigas ou ataques, porém conseguem regenerá-la. Vivem nos campos, em terrenos secos e têm hábitos diurnos.
Alimentam-se de artrópodes e de pequenos vertebrados que procuram entre pedras, troncos e folhas caídas. Podem também comer restos de animais e de vegetais. Na época de reprodução os machos maiores prevalecem sobre os menores e perseguem as fêmeas durante bastante tempo antes do acasalamento.
Os calangos são ovíparos e têm várias ninhadas por ano, com uma média de 5 a 6 ovos em cada uma.
Agamidae é uma família de répteis escamados pertencentes à subordem Sauria
Agama ou lagartos da família Agamidae possuem mais de 300 espécies na África, Ásia, Austrália e alguns no sul da Europa.
Filogeneticamente poderiam ser aparentados aos Iguanidae, caracterizados por dentição acrodonte. Agames normalmente possuem pernas fortes e bem desenvolvidas. As caudas não se regeneram como as dos Geckoes, embora parte de regeneração possa ser observada em alguns. Muitas espécies de Agames são capazes de mudanças de cor porém limitadas. Ecologicamente podemser encontrados de desertos quentes a florestas tropicais.
Varanidae é uma família de répteis escamados do grupo dos lagartos, que contém apenas o género Varanus. Os varanídeos recebem o nome popular de varano ou lagarto-monitor.
Os varanos são lagartos de grandes dimensões, carnívoros e extremamente agressivos. Têm um metabolismo rápido, tendo em conta que são répteis, e sentidos de visão e olfato bastante apurados. A maioria das espécies pode deslocar-se com bastante rapidez. Os varanos são considerados como o grupo mais evoluído dentro dos lagartos.
Algumas espécies
Varano cinzento (Varanus griseus)
Varano malaio (Varanus salvator)
Dragão de Komodo (Varanus komodoensis)
O Dragão de Komodo é a maior espécie de lagarto e também uma das descobertas mais recentes. Desconhecido para a ciência ocidental até 1912, os dragões de Komodo vivem somente em algumas pequenas ilhas no arquipélago indonésio, apesar de que seus parentes próximos, como os lagartos monitores, são encontrados no resto do planeta.
Famosos pelo seu tamanho, poder e aparência de dinossauro, os dragões de Komodo são caçadores habilidosos que, freqüentemente, caçam em grupos grandes animais. Embora sendo volumosos, eles podem se locomover com rapidez, sendo capazes de caçar humanos, porcos, veados e cabras. Através das suas mandíbulas e garras, eles podem matar a maioria das presas com rapidez. Normalmente, os animais que conseguem escapar das suas garras, morrem por infecções de uma bactéria alojada na boca do dragão.
Iguana é um género de répteis da família Iguanidae, característica das zonas tropicais das Américas.
O Iguana, também chamada de (Iguana Verde), é uma dos répteis mais criados em cativeiro.
O Iguana, é uma das mais belas representantes da família das Iguanídeas, originárias da América Central e norte do Brasil.
Os Iguanas têm hábitos arborícolas, isto é, vivem em árvores, podendo atingir 180cm. Podem ser encontradas também, na região central do México. Quando novos, os Iguanas possuem uma coloração verde intensa, já quando maiores apresentam, ao longo do corpo, listras escuras. A cauda de um Iguana possui 2/3 (dois terços) do comprimento total do corpo. Iguanas são criadas em terrário tropical úmido, por habitar florestas tropicais.
2- Ofídios
Os ofídios, conhecidos também como cobras ou serpentes. No mundo, são conhecidas atualmente cerca de 2.900 espécies de serpentes, distribuídas entre 465 gêneros e 20 famílias. No Brasil há representantes de 9 famílias, 75 gêneros e 321 espécies, aproximadamente 10% do total de espécies. Estes animais apresentam como características:
Corpo alongado, coberto por escamas;
Trocam de pele a medida que crescem, o qual acontece ao longo de toda a vida do animal;
Não possuem membros locomotores;
Não possuem ouvido externo. Percebem as vibrações do solo através do próprio corpo.
Os olhos não possuem pálpebras móveis, dando a impressão de permanecerem sempre abertos;
A língua bífida, isto é, dividida em duas pontas;
Os órgãos das serpentes são como os dos demais vertebrados, porém apresentam formato alongado. As cobras, assim como as aves, não possuem bexiga, expelindo a urina juntamente com as fezes, através da cloaca.
As serpentes ocupam quase todos os tipos de ambientes do globo terrestre. Os ofídios podem ser aquáticos ou terrestres. Entre os aquáticos há os que vivem em água doce e os marinhos. No ambiente terrestre, ocupam os hábitats fossoriais, arborícolas ou terrestres, podendo viver em matas, savanas ou desertos.
Os ofídios são exclusivamente carnívoros, alimentando-se tanto de vertebrados quanto de invertebrados, os quais são engolidos inteiros, em alguns casos até 3,5 vezes o seu diâmetro. Quanto ao tamanho estes animais pouco mais de 10 cm até cerca de 10 metros, como a sucuri.
As cobras possuem os dois sexos e sua reprodução pode ocorrer de duas formas. Através da postura de ovos (ovíparas) em locais com condições de temperatura e umidade adequados ou pelo nascimento de filhotes já
desenvolvidos. A quantidade de ovos ou de filhotes varia de acordo com a espécie.
Existem algumas características que facilitam o reconhecimento de ofídios que podem provocar acidentes por envenenamento.
Principais características das serpentes
As cobras consideradas venenosas ou peçonhentas, possuem glândulas secretoras de veneno localizadas de cada lado da cabeça, recobertas por músculos compressores e conectadas, através de ductos, às presas inoculadoras de veneno. Estas presas têm tamanho diferenciado dos demais dentes e podem estar localizadas nas porções anterior ou posterior da boca.
Cobra: Venenosa ou Não Venenosa?
Esta é uma pergunta bastante freqüente, pois é existe uma grande variedade de serpentes e muitas delas apresentam semelhanças entre si, algumas vezes dificultando a diferenciação entre os animais que são perigosos e os que não são.
Podem ser observados quatro tipos de dentição
1. Dentição Áglifa: Não existem dentes inoculadores e nem glândulas secretoras de veneno. Está presente em jibóia, sucuri, boipeva.
2. Dentição Opistóglifa: Dentes inculadores fixos, contendo um sulco por onde escorre a substância secretada pelas glândulas de veneno. Estão localizados na região posterior da boca, um de cada lado da cabeça. Este tipo de dentição é encontrado em falsas-corais, muçuranas e cobras-cipó.
3. Dentição Proteróglifa: Dentes incubadores fixos, localizados na região anterior da boca. Esta dentição é característica das corais verdadeiras.
4. Dentinção Solenóglifa: Os dentes inoculadores de veneno estão presentes e localizam-se na região anterior da boca. Estes dentes são móveis e grandes, com um canal por onde o veneno penetra no local atingido pela mordida do animal.
Diferenças entre serpentes venenosas e não venenosas:
As jararacas, cascavel e a sururucu, possuem em comum, a fosseta loreal, um orifício localizado entre a narina e o olho, em cada lado da cabeça. Somente as serpentes peçonhentas possuem este órgão.
A fosseta loreal tem como função a captação de calor, que permite às serpentes perceberem as diferenças de temperatura no ambiente.
CROCODYLLIA
A ordem Crocodilia inclui os maiores répteis da atualidade e eles estão entre os maiores vertebrados que continuam aventurando-se sobre a Terra. Durante a era Mesozóica, os Archosaurias, conhecidos também como "répteis dominantes", dominavam a Terra. Mas o único Archosauro gigante que sobreviveu aos tempos modernos são os crocodilianos.
A maioria das aproximadamente 23 espécies de crocodilianos ocorrem em partes tropicais do mundo, mas alguns poucos, como os crocodilos americanos e chineses, podem ser encontrados em regiões temperadas. Todas as espécies são semi-aquáticas e não se aventuram longe de estuários, pântanos, lagos e rios. Seu enorme tamanho e seus membros curtos indicam que eles são ágeis na terra apenas em distâncias curtas. Na água, no entanto, são notáveis predadores, movimentando-se com desenvoltura e com agilidade.
As características externas que diferenciam os crocodilos dos outros répteis são, na maioria, as adaptações ao estilo de vida semi-aquático. Por exemplo, a cabeça alongada e os numerosos dentes pontiagudos são características de muitos animais aquáticos, desde peixes até golfinhos. A maior parte do movimento para nadar é feito pela sua robusta cauda.
Na terra, os crocodilianos podem erguer seus corpos do chão e andar como um mamífero. Uma espécie - Johnston´s Crocodile, Crocodylus johnsoni - galopa por curtas distâncias para escapar novamente para a água, algumas vezes mantendo as 4 patas fora do chão ao mesmo tempo.
Os crocodilianos possuem um osso palato secundário. Este, combinado com uma válvula situada na base da língua, isola completamente o sistema respiratório da boca, permitindo a eles abrir a boca em baixa da água, sem risco de afogamento. A cavidade intestinal é separada da cavidade peitoral uma divisória muscular, análoga ao diafragma dos mamíferos. O coração possui quatro câmaras separadas, mas os crocodilianos possuem uma abertura entre os ventrículos esquerdo e direito e são capazes de enviar sangue para as regiões do corpo que mais necessitam, enquanto eles se esquentam no sol ou nadam.
Três famílias (ou sub-famílias) são reconhecidas hoje pelos taxonomistas. São elas: Alligatoridae, Crocodylidae e Gavialidae. Embora suas linhagens tenham sido definidas há 10 milhões de anos, as diferenças entre as famílias são poucas.
Os jacarés ou aligatores são répteis da família Alligatoridae da ordem Crocodylia. São animais muito parecidos com os crocodilos dos quais se distinguem pela cabeça mais curta e larga e pela presença de membranas interdigitais nos polegares das patas traseiras. A nível da dentição, o quarto dente canino da mandíbula inferior encaixa num furo da mandíbula superior, enquanto que nos crocodilos sobressai para fora, quando têm a boca fechada.
Crocodilo pode ser qualquer uma das 14 espécies dos répteis da família crocodylidae. O termo também é usado às vezes para incluir todos os membros da ordem crocodylia: isto é, os crocodilos verdadeiros, os aligatores e jacarés (família alligatoridae) e o gavial (família gavialidae). Os crocodilos vivem nas Américas, África, Ásia e Austrália. Os crocodilos habitam geralmente as margens de rios, enquanto os da Austrália e ilhas do Pacífico também freqüentam o mar. O maior réptil hoje na face da terra é o crocodilo de água salgada encontrado no norte da Austrália e ilhas do sudeste da Ásia.
O gavial (Gavialis gangeticus) é a única espécie da família Gavialidae, ordem Crocodylia, que habita os rios da Índia, Paquistão e do Bangladesh. Durante o Mioceno (há aproximadamente 18 Milhões de anos) ocorriam também na América do Sul, incluindo 5 gêneros distintos do atual. Ocorreram também na América do Norte durante o Cretáceo Superior (70-65 Ma). São dos maiores animais da ordem a que pertencem, podendo chegar aos 6-7 metros de comprimento. O gavial distingue-se dos crocodilos pelas mandíbulas longas e afiladas, pela presença de um longo processo posterior do osso quadratojugale pela presença de uma protuberância (gara) na extremidade do focinho.
RINCOCEPHALIA
A tuatara (Sphenodon spp.) é o único representante de répteis da ordem Sphenodontia (ou Rhynchocephalia) e família Sphenodontidae. É um réptil endémico da Nova Zelândia que vive apenas em algumas ilhas ao largo deste país, estando extinto nas duas ilhas principais. É considerado uma espécie ameaçada desde 1895. O nome tuatara é uma palavra Maori que significa dorso espinhoso.
As tuataras alimentam-se de insetos e lagartos, ovos de aves marinhas e por vezes dos seus próprios juvenis. Habitam zonas florestadas e praias de cerca de trinta ilhas ao largo da Ilha Norte. A espécie S. guntheri está confinada a uma única ilha no Estreito de Cook. O S. punctatus é esverdeado, enquanto que o S. guntheri é acastanhado com manchas amareladas.
As tuataras têm características mistas entre lagartos, tartarugas e aves. Os dentes estão fundidos aos maxilares e não têm órgãos de copulação nem auditivos externos. São animais de clima frio, que não suportam temperaturas acima dos 27ºC. Os adultos medem cerca de 60 cm de comprimento, pesam entre 0,5 e 1 kg e são terrestres e principalmente noturnos. Os juvenis adaptaram-se a um modo de vida oposto, arbóreo e diurno, principalmente por serem uma das presas favoritas das tuataras adultas.
O ciclo de vida destes répteis é extremamente longo e os indivíduos podem chegar aos cem anos de vida. As fêmeas levam muitos anos a atingir a maturidade sexual e põem ovos apenas de quatro em quatro anos. O período entre a copulação e a eclosão é de 12 a 15 meses. As tuataras crescem continuamente até aos 35 anos de vida. Como os lagartos, as tuataras têm um olho pineal na testa, coberto por uma escama. A função deste terceiro olho, estando ele coberto, permanece desconhecida.
Fontes:
Fonseca-Albino-Biologia-2ºGrau-e-Vestibulares-Editora-Ática
Paulino-Wilson-Roberto-Biologia-São-Paulo-Ática-2002
Para receber atualizações das matérias:
Você receberá um e-mail de confirmação, é só seguir o link e confirmar.