Anatomia
Hipopótamo, nome comum de um mamífero artiodáctilo (animal dotado de dedos pares e cascos). O aspecto do Hipopotamus amphibius não é dos mais atraentes, embora chega a ser simpático: sobre a boca rasgada e um focinho largo. O lábio superior é tão desenvolvido, que cobre por completo o inferior. As orelhas e a cauda são pequenas em proporção ao corpo, que atinge 4 metros de comprimento, 1,50 m de altura e pesa de 3 a 4,5 toneladas. Podem viver até os 30 anos, porém já houve um indivíduo que chegou aos 41 anos. Recobre-o uma rugosa pele cinzenta - que em alguns pontos tem mais de 5 cm de espessura - e sustenta-se sobre pernas muito curtas. Uns ralos pêlos espalham-se pelo corpo.
Hipopótamo
O hipopótamo é um ótimo nadador. Como a gordura é mais leve que a água, e está acumulada sob a espessa pele, ajuda-o a flutuar. Além disso, a gordura estabiliza a temperatura interna do animal, quando está dentro da água.
Classificação científica
Reino - Animal
Sub-reino - Metazoários
Filo - Cordados
Subfilo - Vertebrados
Classe - Mamíferos
Subclasse - Eutérios
Ordem - Artiodáctilos
Infra-ordem - Suínos
Família - Hipopotamídeos
Gêneros - Hipopotamus Choeropsis
Espécies - Hipopotamus amphibius e Choeropsis liberiensis
Habitat
Há um milhão de anos, havia hipopótamos espalhados por toda a África, boa parte da Europa e Ásia. Restritos depois ao continente africano, foram objeto de caça, tanto ao norte, como no sul. Só duas espécies sobreviveram: Hipopotamus amphibius e Choeropsis liberiensis. Muitos exemplares do primeiro tipo são mantidos nas reservas nacionais do Quênia, Tanzânia e Uganda, bem servidos de lagos, rios e paludes (o hipopótamo vive boa parte de sua vida mergulhado na água). A segunda espécie habita da Libéria até a República dos Camarões. Apesar de gordo, é um animal de grandes músculos e, portanto, de carne abundante. Projetos para seu aproveitamento estão sendo elaborados em Uganda, na África.
Dentro d'água
Animal semi-aquático, pois passa a maior parte do tempo submerso, é capaz de ficar sob a água até 25 minutos, embora o normal sejam imersões com duração entre 2 e 6 minutos. Os orifícios nasais dispõem de janelas que podem ser fechadas quando o animal submerge. Os olhos, os orifícios nasais e as orelhas estão dispostos no alto da cabeça, à maneira de periscópio, de forma que o hipopótamo pode ver, ouvir e respirar mesmo que o resto do corpo esteja sob a água.
"Suando Sangue"
O hipopótamo reparte seu tempo entre a terra e a água. A pele fina que recobre seu corpo não lhe permite estar fora d'água muito tempo durante o dia. Há uma peculiaridade na sua pele: ela não tem glândulas sudoríparas, mas sim outras, que secretam uma substância vermelha que atua como barreira contra os raios solares. Por esta razão, diz-se que os hipopótamos suam sangue.
Refeição
Embora a refeição obtida seja abundante, o hipopótamo não se furta a devorar os milharais e canaviais que encontra. Seja como for, ele se alimenta à noite. Pela manhã, empanturrado e sonolento, ele se prepara para digerir os 200 ou 300 kg que lhe abarrotam o estômago.
Hipopótamo Anão
A espécie Choeropsis liberiensis é bem mais graciosa do que o outro hipopótamo: são hipopótamos anões, bastante tímidos, que não ultrapassam os 80 cm de altura, e não têm nem 2 metros de comprimento. Mesmo assim, o peso gira em torno de 250 kg. Suas medidas equivalem, mais ou menos, às de um porco grande. O corpo é quase esférico; e a minúscula cabeça é pouco maior do que sua boca enorme. De resto, é igual ao Hipopotamus amphibius, apenas em escala reduzida.
Vive sozinho ou aos pares, nunca em grupos, ao contrário da espécie maior. De dia se esconde, e à noite sai à caça de alimento. Limita-se a florestas úmidas e aos riachos do oeste da África. A água lhe é indispensável, porque sua pele, atravessada por numerosos poros muito grandes, racha-se e rompe-se em ambientes muito secos, como o das regiões que habita.
"Mansinho"
Quase nunca brigam entre si, nem atacam outros animais. Mas se estiverem feridos ou em defesa da cria, apesar do volume do peso, ganham agilidade e vigor: não temem búfalos nem elefantes e, de uma só mordida, partem um homem em dois.
Comensalismo
De vez em quando, os passarinhos vêm e pousam no dorso do hipopótamo, que se conserva na maior docilidade, não demonstrando nenhum desagrado. Esses visitantes são os tchiluanda, ou pica-bois, que vêm proceder à limpeza do hipopótamo - fazem o mesmo com o rinoceronte, búfalo, girafa e outros quadrúpedes selvagens. Comem os parasitas que se inserem na pele desses animais. Os pássaros e as feras, nessa troca de favores, convivem harmoniosamente: é o fenômeno chamado "comensalismo".
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