IDADE MODERNA - Queda de Constantinopla, Feudalismo, Capitalismo, Grandes navegações, Reinos, Colonizações, Renascimento, Causas, Consequências, Datas

Período específico da História do Ocidente, a Idade Moderna destaca-se das demais por ter sido um período de transição por excelência. Tradicionalmente aceita-se o início estabelecido pelos historiadores franceses, em 29 de maio de 1453 quando ocorreu a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, e o término com a Revolução Francesa, em 14 de julho de 1789.

A queda de Constantinopla

Apesar de a queda de Constantinopla ser o evento mais aceito, não é o único. Tem sido propostas outras datas para o início deste período, como a Conquista de Ceuta pelos portugueses em 1415, a viagem de Cristóvão Colombo ao continente americano em 1492 ou a viagem à Índia de Vasco da Gama em 1498.

A época moderna pode ser considerada, exatamente, como uma época de "revolução social" cuja base consiste na "substituição do modo de produção feudal pelo modo de produção capitalista".

O Renascimento Comercial que vinha ocorrendo desde a baixa Idade Média (séculos XI, XII e XIII), apresentava o seguinte quadro:

=>no Mediterrâneo: fazia-se a ligação entre a Europa e Oriente envolvendo as cidades italianas e os árabes;
=> no Norte da Europa: ligando o mar do Norte ao mar Báltico, predominavam os comerciantes alemães;
=> no Litoral Atlântico da Europa: através da navegação de cabotagem, ligava-se o mar do Norte ao Mediterrâneo;
=> no Interior do Continente Europeu: predominam antigas rotas terrestres.

As feiras, as Cruzadas e o surgimento dos Burgos, ao longo da Idade Média, eram sinais, também, de que o comércio renascia.

A partir do século XV o comércio cresceu extraordinariamente, fruto, naturalmente, de modificações ocorridas no interior das sociedades feudais européias (aumento da população, crescimento das cidades, desenvolvimento das manufaturas, etc).

Esta época pode-se caracterizar por um desanuviamento da "trilogia negra" - fomes, pestes e guerras - criando condições propícias às descobertas marítimas e ao encontro de povos.


Feudalismo e Capitalismo

O feudalismo foi um sistema político, econômico e social que predominou durante toda a Idade Média. Mas, já no final da Idade Média, o uso da terra, fundamental para o povo naquele período, foi perdendo a força. Os campos foram abandonados e o comércio nascia fortalecido.

Depois de longos anos de devastação e desordem, começava certa estabilidade econômica. O castelo, centro das atividades econômicas, ia perdendo sua importância. O progresso do comércio artesanal, as feiras medievais, a cidade burguesa incompatível com o feudo ofereciam chances de lucro e atrativos do comércio.

A difusão de alguns inventos que impulsionaram o progresso técnico e os avanços da ciência contribuíram para essa transformação: a bússola, invenção dos chineses, começou a se generalizar entre os séculos XIV e XV e permitia a orientação dos navegadores em alto-mar; a pólvora, também inventada pelos chineses, introduzida na Europa (século XIV), revolucionou a arte da guerra; a imprensa foi um invento revolucionário devido ao alemão Johannes Gutenberg (século XV), e com ela se multiplicaram os livros. A vida urbana tem início, aumenta a população das cidades.

No início da Idade Moderna, as cidades se expandem, vão gradativamente deixando para trás a experiência do feudo. Claro que elas tiveram que lutar para sobreviver, tanto na parte econômica como na social e política.

As comunicações iam se tornando mais velozes, estradas iam se abrindo, mudando toda a paisagem de cada localidade.

Uma nova classe social, que reunia banqueiros, artesãos, camponeses, mercadores, aparecia com o nome de burguesia.

O dinheiro adquiriu valor e o comércio superou a terra.

A passagem econômica da Idade Média para a Moderna se deu com o aparecimento do capitalismo.

Gradativamente, o comércio foi se desenvolvendo, a princípio dentro da própria cidade, depois entre duas ou mais cidades e, por fim, entre países.

Com o sistema capitalista, os trabalhadores começaram a ter um salário. Os produtos foram produzidos em maior quantidade, e nascia assim a passagem do feudalismo ao capitalismo.

O desenvolvimento das navegações vai fortalecer as rotas marítimas e comerciais abertas na Idade Média.

Crescia o comércio por terra e por mar e mudava o quadro político, econômico e social da Europa.

Grandes associações surgiram (associações livres), formando as hansas. A mais conhecida foi a Liga Hanseática ou Hansa Teutônica. Era uma associação que agrupava mais de 160 cidades no comércio com o leste da Europa.

Progresso comercial e urbano

O progresso comercial e urbano, a burguesia, o artesanato, as feiras, as rotas terrestres e marítimas deram ao rei a certeza de que, se ele não aceitasse o comércio e se aliasse aos burgueses, certamente não teria sucesso financeiro.

Surgiu a aliança rei-burguesia, e tal fato foi, sem dúvida, a abertura do sistema capitalista.

O capitalismo é um sistema político, social e econômico que tem como características:

=> produção voltada para os mercados;
=> relações monetárias;
=> lucro, neste sistema, é fundamental;
=> acúmulo de capitais;
=> livre iniciativa;
=> relações assalariadas de produção.

As fases do capitalismo

=> Na sua fase pré-inicial, recebeu o nome de pré-capitalismo, porque nessa fase as relações de produção ainda não foram totalmente assalariadas (séculos XII e XV).
=> Capitalismo comercial, fase em que começam a existir relações de trabalho e produção assalariadas (séculos XV ao XVIII)
=> Capitalismo industrial, que surgiu na Inglaterra, com a Revolução Industrial. A acumulação de capital começou a se concentrar em grandes produções e o capital passou a dominar o processo de distribuição e consumo de mercadorias. O trabalho assalariado instalou-se definitivamente (século XVIII a XX).
=> Capitalismo financeiro é a base do capitalismo em que se vê grande quantidade de concentração financeira. Grandes movimentos e sistemas bancários dominaram o mercado. (É o sistema predominante nos dias atuais para os países que adotam o capitalismo como sistema econômico.)
=> A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI.

Portanto a Idade Moderna surge com novos empreendimentos políticos, econômicos e sociais.

Surgiu a organização empresarial e o espírito de lucro, dando início aos tempos modernos. Abre-se um novo contexto sociocultural e econômico na Europa.


As Grandes Navegações

No período de transição da Baixa Idade Média para a Idade Moderna, o Mar Mediterrâneo continuou a principal ligação entre os países conhecidos. Esse intercâmbio se fazia através das rotas das especiarias, que eram monopólio das grandes cidades italianas, como Gênova e Veneza. As mercadorias orientais (sedas, porcelanas e principalmente condimentos, como a pimenta e a canela, indispensáveis para a conservação dos alimentos), depois de passarem por muitos portos e intermediários, eram vendidas a preços altíssimos para as nações europeias, obrigando-as a uma situação de dependência dos comerciantes italianos.

A tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, dificultou ainda mais o tráfico de mercadorias. Dominando a maioria dos portos mediterrâneos, os turcos exigiam elevadas taxas das caravanas comerciais, forçando assim novo aumento nos preços dos produtos.

Era necessário descobrir novas rotas que livrassem a Europa da supremacia turca e italiana. Os reinos ibéricos (Portugal e Espanha) foram os primeiros a reunir condições técnicas e financeiras para explorar as novas terras.

Península Ibérica e as Grandes Navegações

O Reino português

Uma carta náutica de Fernão Vaz Dourado, da África ocidental extraída do atlas náutico de 1571, pertencente ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa.

Portugal foi a primeira nação a financiar expedições marítimas. Vários fatores contribuíram para esse pioneirismo: a existência de bons portos; a familiaridade portuguesa com o mar, devido à grande atividade pesqueira desenvolvida na região; uma burguesia enriquecida e disposta a investir para aumentar seus lucros; a paz interna e a centralização do poder. Portugal foi o primeiro reino a se unificar, formando um estado nacional.

A Escola de Sagres também contribuiu grandemente, fornecendo condições tecno-científicas para a navegação num oceano ate então desconhecido: o Atlântico.

Bússolas e astrolábios trazidos da China, sextantes, mapas feitos pelos melhores cartógrafos da época e, principalmente, a caravela com suas velas triangulares possibilitaram aos navegantes resistir e atravessar o bravio "Mar Tenebroso".

A expansão portuguesa iniciou-se pelo norte da África, com a tomada de Ceuta, em 1415 (importante centro de especiarias). Seguiram-se as ilhas da Madeira e Açores. Gradativamente, em expedições sucessivas, sempre contornando o continente africano, em 1487, Bartolomeu Dias contornou o Cabo da Boa Esperança no sul da África. Em 1498, Vasco da Gama chega ao porto de Calicute, na costa ocidental da Índia.

A descoberta desse novo caminho trouxe lucros fabulosos para os mercadores portugueses e, ao mesmo tempo, estabelecia concorrência com os produtos trazidos através das rotas italianas.

Formado pela união dos reis Dom Fernando de Aragão e Dona Isabel de Castela, a Espanha lançou-se à exploração dos mares quase um século depois de Portugal. Dois motivos provocaram esse atraso:

=> era necessário primeiramente expulsar os mouros (muçulmanos) do território espanhol;
=> era preciso descobrir um novo caminho para não utilizar a rota portuguesa.

A Espanha não hesitou em dar o empreendimento ao estrangeiro Cristóvão Colombo. Sua teoria da esfericidade da Terra (confirmada pouco depois pelo cientista Nicolau Copérnico) não mereceu muito crédito na época.

Acreditando na possibilidade de atingir as índias sempre navegando para oeste, Colombo dirigiu suas três caravelas nessa rota, e teria alcançado as índias caso o continente americano não estivesse no caminho.

As naus espanholas desembarcaram na ilha de Guanaani (atual ilhas Bahamas) e depois em Cuba e São Domingos. Era o ano de 1492. Certo de que obtivera sucesso, Colombo deu o nome de índios aos habitantes encontrados na nova terra. Realizou ainda outras viagens, sempre explorando as ilhas americanas.

A descoberta da América por Colombo provocou disputa entre os reinos ibéricos, interessados na posse de terras. Portugal preocupou-se em firmar um tratado que lhe assegurasse o domínio das terras existentes a leste do oceano Atlântico.

O acordo entre os dois países foi julgado pelo papa Alexandre VI, que confirmou um novo tratado. Partindo-se de uma linha imaginária traçada a partir do pólo (37°), o Tratado de Tordesilhas estabeleceu que as terras encontradas a oeste dessa linha pertenceriam à Espanha e aquelas situadas a leste seriam de Portugal.

Por esse motivo, a esquadra de Pedro Álvares Cabral, que se dirigia às Índias, fez um desvio proposital para oeste para garantir ao rei português a posse das terras do Brasil.

Os outros países europeus desconsideraram esse tratado, que os excluía, e procuraram se estabelecer e explorar o novo continente.

Colonização ibérica - Características

As novas conquistas não ofereceram interesse imediato a Portugal. O comércio de especiarias estava no auge: o aumento de consumo e sua falta no mercado europeu. faziam com que as cargas dos navios que retomavam das índias fossem disputadas e as mercadorias alcançassem preços elevados na revenda. Por esse motivo, Portugal limitou-se a estabelecer algumas feitorias nas novas terras, para desenvolver atividades extrativas. Com a demarcação de terras entre Espanha e Portugal e a posterior ocupação europeia das terras, os indígenas ficaram expostos diante estas duas frentes de expansão como pelas frentes missionárias e de plantations. Tais frentes não eram movimentos pacíficos e pretendiam incorporar o mesmo território e os mesmos indivíduos.

Utilizava-se da mão-de-obra indígena, onde poderia ocorrer o escambo, troca de utensílios europeus por outros materias, serviços ou mesmo indígenas destinados ao escravismo. No sul do Brasil, por volta de 1600, acontecem as "descidas", escravização sistemática dos índios. Eram promovidas pelos moradores de São Vicente que aportavam em Laguna, Araranguá, Mampituba e Lagoa dos Patos, onde na costa existiam feitorias para negociar os indígenas. Segundo Schmitz (1991, p. 50), este comércio tinha como mentores pajés e mestiços, que quando os navios chegaram à barra, eram enviados emissários ao sertão pelos chefes chama-dos Tubarões para avisar que havia utensílios para trocar por gente.

Mas a exclusividade da rota marítima durou pouco. Inglaterra, França e Holanda, ignorando propositadamente o tratado que dividia a América entre as duas nações, passaram a utilizar-se dos caminhos recém-descobertos para suas próprias transações comerciais. O aumento da oferta de produtos provocou a queda dos preços e, portanto, dos lucros obtidos. Os reinos ibéricos tentaram, então, nova atividade lucrativa, através do povoamento e exploração colonial.

Colonização portuguesa

Fez-se ao longo do litoral atlântico, insistindo-se no cultivo de produtos raros na Europa. Um deles, a cana-de-açúcar, encontrou condições de solo e clima propícios no Nordeste do Brasil, tornando-se a base da economia lusitana na época.

A necessidade de homens para a lavoura, homens que trabalhassem para donatários e não para seu próprio enriquecimento, alterou a relação inicial entre brancos e índios. "A legislação portuguesa sempre procurou contrariar ou dificultar a imigração, embora milhares de camponeses europeus não tivessem terras e passassem fome" (Décio Freitas). Livres, com valores culturais e estrutura social e econômica bem diversos dos colonizadores, os índios não se sujeitavam às imposições dos brancos. As lutas entre colonizadores e índios condenaram ao desaparecimento inúmeras nações indígenas, ao mesmo tempo que instituíam a mais abominável exploração humana: o regime escravo.

Colonização espanhola

Os conquistadores espanhóis encontraram impérios indígenas ricos e evoluídos, como os dos maias, astecas e incas. Esses povos possuíam noções de astronomia e geometria, cultivavam a terra utilizando o sistema de irrigação, além de terem um artesanato e uma arquitetura evoluídos.

Para dominar esses povos, os espanhóis aproveitaram-se de suas armas e cavalos (desconhecidos para os nativos) e também das rivalidades entre tribos, aliando-se às menores para conquistar os maiores impérios. Com suas tradições destruídas e cidades arrasadas, foram forçados a aceitar o trabalho obrigatório (encomienda). Cada comunidade indígena estava sob supervisão de brancos (encomenderas), determinando também a (mita), o trabalho forçado dos aldeões na realização das obras públicas e outros serviços ao governo.

Considerar o elemento nativo como inferior foi o traço comum na colonização dos países ibéricos. Desrespeitaram e baniram a cultura local, provocando desaparecimento de muitas nações indígenas em nome da "civilização" que Ocidente trouxe como "legado" que deveria ser incorporado às terras conquistadas. Em menos de cem anos, vitimaram-se três quartos da população americana. Tornou-se imperiosa a vinda de escravos africanos.

A política econômica

O objetivo da colonização foi primordialmente explorar da forma mais lucrativa possível seus domínios coloniais. Não havia nenhuma intenção de povoamento: trabalhadores livres, em grande número, buscariam seu próprio enriquecimento e dificultariam a fiscalização e taxação de impostos.

Estabeleceram-se novos princípios econômicos para as relações entre metrópole e colônia. As principais leis mercantilistas foram:

Metalismo: acreditava-se que a riqueza de uma nação era medida pela quantia de metais preciosos que possuísse. As colônias espanholas ricas em minérios, tornaram essa nação a mais poderosa da época.
Pacto Colonial: definia as relações entre metrópole/colônia. A colônia vendia seus produtos exclusivamente para a metrópole e dela comprava tudo de que necessitasse.
Essa exclusividade comercial influiu negativamente no desenvolvimento da colônia. Sua margem de lucro era determinada pela metrópole, que reservava para si a revenda dos produtos coloniais a preços bem mais elevados no mercado europeu. Na importação colonial, a metrópole agia como intermediária, comprando os produtos de outros países para vendê-los com lucros de comerciante na colônia.
Esse comércio desvantajoso, aliado à proibição de instalar manufaturas próprias e produzir artigos semelhantes aos da metrópole, gerou uma situação de total dependência econômica, que posteriormente prejudicou a independência política e financeira dos países dominados.
Balança comercial favorável: países como Inglaterra e França, que não puderam contar com o afluxo de metais preciosos, desenvolveram uma política de contenção de importações, enquanto estimulavam as exportações. Dessa forma, o dinheiro arrecadado no comércio externo era bastante superior àquele gasto na compra de produtos estrangeiros, deixando um saldo financeiro favorável ao país. Para isso, os governos tomaram medidas protecionistas: estimulava-se a produção agrícola e manufatureira do país; impunham-se altas taxas alfandegárias aos produtos importados, forçando a redução de consumo dos mesmos; não se permitia a importação de produtos que concorressem com os de fabricação nacional; proibia-se a exportação de matérias-primas que pudessem desenvolver mercadorias semelhantes às fabricadas pelo país.
Monopólios: a comercialização era permitida a grupos de mercadores escolhidos pelo rei. Esses grupos tinham seus locais de compra e venda predeterminados, não podendo operar fora de suas regiões. Os monopólios permitiam ao soberano um eficaz controle das transações efetuadas nos diversos países.

No início do século XVII, a prática provou que o equilíbrio da balança comercial e os monopólios contribuíram decisivamente para a supremacia anglo-francesa no conjunto das nações européias. O ouro em quantidade, sem aplicação sólida, não garantia o progresso de um Estado. A Espanha, que não aplicou seus lucros na melhoria das técnicas agrícolas e tampouco na instalação de manufaturas, perdeu sua posição para os países que desenvolveram a produção interna e fortaleceram o comércio nos dois níveis: externo e interno.

O Renascimento

Os homens da Idade Média consideravam os aspectos e fatos da vida e da história de acordo com os ideais religiosos. Para eles, a vida terrena e os acontecimentos históricos se explicavam pela vontade de Deus, um ser superior. Toda a ciência, a literatura e a arte daquela época dependiam do pensamento religioso.

Todavia, no decorrer do século XIII, a Itália e o resto da Europa começaram a modificar seu modo de pensar, voltando suas atenções para uma vida concreta e terrena, onde o homem passou a ter importância como o grande protagonista de acontecimentos e determinando, ele mesmo, a sua vontade.

No Renascimento, o mundo aparece como cenário das ações humanas, e não como expressão da vontade divina. A natureza também atrai as atenções e se torna objeto de observações e estudos por parte dos renascentistas.

A palavra Renascimento indica, em todos os seus aspectos, o prosseguimento da vida econômica, social e cultural que aconteceu na Itália e depois no resto da Europa.


O termo Renascimento vem de renascer da Idade Média, isto é, renascer ou reviver os valores da Antiguidade clássica greco-romana.


O Renascimento começou na Itália, com o desenvolvimento das cidades e do comércio.

As cidades italianas abrigavam nobres senhores, como os Lourenço de Médici, da cidade de Firenze; os Gonzaga, da cidade de Mantova; os Sforza, da cidade de Nápoles, e tantos outros nobres senhores que, gozando de prosperidade econômica, resolveram financiar e proteger artistas, cientistas e literatos.

Esses protetores de artistas eram chamados mecenas.

Causas

A descoberta do Novo Mundo (Américas): As Grandes Navegações trouxeram novas experiências culturais e cientificas.
O humanismo: Durante toda a Idade Média, o homem foi uma criatura frágil e submissa à vontade de Deus. Com o humanismo, ele acaba por se tornar responsável por si mesmo e não mais subordinado à vontade divina.
A queda de Constantinopla, a importante capital do Império Romano do Oriente, grande centro comercial e cultural medieval. Muitos intelectuais de Constantinopla se dirigiram à Itália após a sua queda.
O apoio dos mecenas, ricos senhores que patrocinavam artistas e literatos.
A invenção da imprensa: Os livros não seriam mais manuscritos, o que facilitaria a divulgação da cultura.
Abertura das universidades: Os humanistas fizeram reviver e renascer valores da Antiguidade clássica greco-romana.
Características: O Renascimento tem como características: criação, originalidade, novos ideais, renovação artística e intelectual.
Retorno à cultura greco-romana: Antigos valores são reaproveitados.
Racionalismo: O uso da razão, mais do que dos sentimentos.
Hedonismo: Os prazeres de viver a vida no dia-a-dia foram valorizados.
Neoplatonismo: Alguns valores da Igreja foram criticados e abandonados.

Chamamos de humanismo o movimento literário e cultural que fez reviver os estudos da literatura clássica grega e romana, indispensáveis para a formação do homem e para levá-lo a viver com sabedoria e harmonia em sociedade.

O interesse dos humanistas era fazer reviver e valorizar diferentes culturas, enfatizando o homem, a ponto desse movimento ser chamado de antropocentrismo, colocando o homem como centro dos interesses e atenções.

Os humanistas desprezaram alguns valores cristãos, embora fossem cristãos, e apenas desejavam dar uma nova interpretação às mensagens do Evangelho.

Os humanistas queriam a todo custo criar uma nova cultura: introduziram métodos críticos na leitura e interpretação de fontes, reconstruindo textos originais, eliminando deformações e omissões dos copistas medievais.

Muitas universidades foram fundadas, porém o ensino era ainda medíocre. Muitos príncipes, nobres e humanistas reuniram importantes obras manuscritas da Antiguidade, a preço de ouro, e juntos começam a formar grandes bibliotecas. Surgiram, também, associações culturais chamadas academias.

Renascimento literário

O papa Nicolau (1447-1455) reuniu no seu palácio mais de 5 mil manuscritos, que mais tarde viriam a formar a biblioteca do Vaticano, hoje uma das mais ricas do mundo.

A invenção da imprensa, em 1450, pelo alemão Johannes Gutenberg, foi responsável pela impressão da Bíblia e, daí por diante, surgiram muitos livros, facilitando o contato dos leitores com a cultura. Nesse meio tempo, os artistas italianos se entusiasmaram pela arte greco-romana e tentaram fazê-Ia reviver.

Grandes humanistas apareceram em toda a Europa e deram força ao movimento literário.

Itália

Dante Alighieri (1265-1321), escritor italiano. Participou da vida política da cidade de Florença, mas por motivos políticos foi exilado. Escreveu Divina comédia, que já foi traduzida em 50 idiomas. É uma das maiores obras da literatura universal. Na Divina comédia, Dante Alighieri descreve uma viagem ao além, narrando o inferno, o paraíso e o purgatório.

Francesco Petrarca (1304-1374), italiano, considerado o pai do humanismo. Estudou Direito na Universidade de Bolonha. Suas principais obras são Canzonieri, coletânea de poesias líricas, Epístolas (escritas em latim), A vida solitária e outras.

Giovanni Boccaccio (1313-1375) nasceu em Paris e morreu na Itália. Sua grande obra é Decameron. Satiriza os costumes da sociedade de seu tempo.

Nicolau Maquiavel (1469-1527), escritor e político italiano. Sua grande obra é O Príncipe; nela ele expõe sua doutrina política, conhecida pelo nome de maquiavelismo. Para ele, a arte de governar está na astúcia e na força; o chefe de Estado deve ser um "senhor absoluto" e utilizar todos os recursos e meios para atingir seus objetivos políticos.

França

François Rabelais (1494-1553), autor que pretendeu satirizar os costumes educacionais da época. Sua obra-prima, Gargântua e Pantagruel, é uma narrativa baseada em lendas populares francesas e nela Rabelais satiriza os costumes da época.

Michel Montaigne (1533-1592), escritor francês. Estudou Direito e sua principal obra é Ensaios. Nela, ele comenta e analisa o comportamento, as reações do homem e os problemas do seu tempo, tomando por base suas próprias experiências.

Inglaterra

Thomas Morus (1478-1535), estadista e religioso inglês. Foi político e homem de moral admirável. Sua obra-prima é Utopia. Com essa obra ele ficou conhecido em toda a Europa. É um romance político e social, no qual ele aconselha os homens a seguirem o Estado. O Estado é o bem comum e dele virá proteção e segurança para todos.

William Shakespeare (1564-1616), teatrólogo e poeta inglês, autor de mais de 40 peças, 154 sonetos e 2 poemas. Dentre as peças, destacamos: Romeu e Julieta, O mercador de Veneza, Sonhos de uma noite de verão, Macbeth, Rei Lear.

Espanha

Miguel de Cervantes (1547-1616). Sua obra-prima é Dom Quixote de La Mancha. Ela narra as desventuras de um cavaleiro arruinado, Dom Quixote, representando o sonho e a aventura, e Sancho Pança, seu fiel escudeiro, na sua simplicidade de homem do campo.

Dom Quixote é um livro que vai da dor ao prazer, do ridículo ao grandioso. É uma sátira à cavalaria medieval.
Lope de Vega (1562-1635), grande teatrólogo espanhol. Escreveu cerca de 1500 peças.

Portugal

Luís de Camões (1524-1580), filho de fidalgos. Viajou para as Índias, onde ficou muitos anos a serviço do rei de Portugal.
Sua grande obra é Os Lusíadas, publicada em 1572, dedicada ao rei Dom Sebastião. Deixou muitos sonetos e poemas líricos, além de algumas peças de teatro. Camões morreu mendigando para sobreviver, pobre e esquecido.

Gil Vicente (1470-1536), fundador do teatro nacional português. Foram várias as suas obras, como Auto da fúria, Auto da alma, Quem tem farelos?, A barca do inferno, Inês Pereira e tantas outras.

Holanda

Erasmo de Rotterdam (1466-1536), professor de grego e de Teologia na Universidade de Oxford. O pensamento de Erasmo se caracteriza por um enorme desprezo pelas lutas de religião. Sua principal obra é Elogio da loucura. Nessa obra ele satiriza a Igreja e a sociedade de sua época. É considerado o pai do humanismo moderno.


Renascimento artístico

A principal característica da pintura renascentista é a libertação. Os homens do Renascimento se sentiam o centro do Universo, expondo sua própria personalidade ao mundo que os circundava, procurando leis de equilíbrio e de harmonia para imitá-la na vida e na arte.

A renovação do humanismo e do Renascimento transforma convenções, ideias, ambientes e cria a base cultural que se irá manifestar na Idade Moderna.

Itália

Brunelleschi (1377-1446), escultor e arquiteto italiano. Além de erguer a Catedral de Milão, trabalhou também na Igreja de São Lourenço, no Palácio Pitti e na cúpula da Catedral de São Pedro, no Vaticano.
Foi ele quem descobriu as leis da perspectiva central, sendo esse um dos fatores que ajudou no desenvolvimento da arte italiana renascentista.

Leonardo da Vinci (1452-1519), italiano. Foi um famoso pintor, escultor, arquiteto, matemático, cientista, músico e inventor. Famosos são seus estudos sobre plantas, pássaros e anatomia do corpo humano, mesmo porque a Bíblia ensina que o homem foi criado à semelhança de Deus; por isso, para ele, as proporções humanas serviriam de modelo aos artistas.

Leonardo foi um gênio e um grande inventor: inventou a tecelagem mecânica, a força motriz do vapor, o pára-quedas e técnicas para aviação.
Na pintura, introduziu o esfumaçado na coloração. Delicado e gradual, ele partiu do claro ao escuro, da luz à sombra, como podemos observar nos retratos de Gioconda, da Virgem das Rocas e da Anunciação. Suas obras mais famosas são Santa Ceia e Gioconda (ou Mona Lisa).
Leonardo da Vinci não entendia a arte separada da ciência. A arte deve ter clareza, retratar as coisas belas da natureza e também revelar a mais intima e secreta das leis da ciência. Foi considerado uma das principais figuras da Renascença.

Ghirlandaio, nascido Domenico de Tomaso Bigordi (1449-1494), pintor italiano, suas obras mais importantes são a Vida da Virgem, pintada na Igreja de Santa Maria Novella, e a Vida de São Francisco, pintada na Igreja da Santa Trindade, ambas em Florença, Itália.

Michelangelo Buonarroti (1475-1564), pintor, escultor, arquiteto e poeta italiano.
Estudou pintura com Ghirlandaio e escultura com Bertoldo. Foi um protegido de Lourenço, o Magnífico. Esteve em sua arte constantemente preso ao pensamento da corrupção do mundo e da redenção do homem, por isso quase todas as suas obras exprimem tormento interior, sofrimento e trabalho.
A sua grandeza como pintor se faz presente nesta obra, pintada na Capela Sistina, contando a história do Gênesis e em torno do Juízo Final, obra máxima da arte religiosa no Renascimento.

Como escultor, o destaque fica para as suas estátuas Pietá, David e Moisés.
Na arquitetura, foi o criador da cúpula da Igreja de São Pedro.
Na poesia, deixou um livro denominado Rimas.

Rafael Sanzio (1483-1520), pintor italiano. Sua arte girou em torno de várias madonas com meninos. Este estilo o acompanhou por toda a sua trajetória artística.
Rafael e muitos outros artistas renascentistas tiveram o fundamento religioso nas suas obras.
Ele foi autor de várias obras e muitos afrescos pintados em vários quartos do Vaticano.

Tiziano Vercelli (1490-1576), pintor italiano.
Em 1516, foi nomeado pintor oficial da corte veneziana e, em 1548, foi nomeado conde palatino por Carlos V.
Suas obras mais importantes são: Retrato equestre de Carlos V, Adão e Eva, São João Batista no deserto e tantas outras.

Donatello, nascido Donato di Betto Bardi (1386-1466), escultor italiano, considerado o iniciador do realismo na escultura. Fez inúmeros trabalhos, encontrando-se os mais importantes em Florença, Pádua, Siena. Esculpiu bustos, madonas e cenas do Evangelho.

Sandro Botticelli (1444-1510), pintor italiano. Decorou a Capela Sistina, onde pintou as 24 figuras dos profetas, Cristo, atentado pelo demônio, o inferno dantesco. Pintou cenas mitológicas, sendo famosas as obras: O nascimento de Vênus e Alegoria da Primavera.

Bélgica

Rubens, nascido Peter Paul Rubens (1577), o maior dos pintores flamengos. Demonstra euforia da vida, as formas são livres, as pinturas femininas (as mulheres) são pesadas e as pinturas masculinas (os homens) são sólidas, bem constituídas.
Principais telas: Rapto das filhas de Leucipo, Rapto de Europa, Coração de Maria de Médicis e outras.

Espanha

Diego Velázquez (1599-1660), grande pintor espanhol. Autor de As meninas, Os bêbados, Esopo e tantos outros trabalhos.

Miguel Servet (1511-1553), médico espanhol. Dirigiu seus trabalhos em torno da circulação pulmonar.

França

Pierre Lescot (1515-1578), arquiteto francês. Foi o construtor da fachada ocidental do pátio do Louvre (Paris).

Alemanha

Albert Dürer (1471-1528), pintor alemão, autor de Adoração dos magos.

Renascimento científico

Polônia

Nicolau Copérnico (1473-1543), polonês. Seu trabalho girou em torno da revolução da órbita celeste. Ele contestava que a Terra fosse o centro do Universo e dava a idéia da teoria heliocêntrica.
Segundo Copérnico, o mundo material não possuía centro. Dessa forma, ele mostrou aos homens que as mesmas leis que regiam os fenômenos da Terra podiam ser aplicadas ao Universo.
Copérnico colocou o Sol e não a Terra, como centro do Universo. Essa teoria se chamou heliocentrismo.

Inglaterra

Isaac Newton (1642-1727), matemático e físico inglês.
Descobriu as leis da gravitação universal. O número de pesquisas e descobertas de Newton é muito grande.
Aperfeiçoou estudos sobre matemática. Esboçou ideias da ciência natural, ao definir os conceitos de massa, causa, força, inércia, espaço, tempo e movimento.
Descobriu as leis que regem o fenômeno das marés, aperfeiçoou a fabricação de lentes e espelhos. Trabalhou na decomposição da luz, criando o disco de Newton.

William Harvey (1578-1657), médico inglês. Ficou famoso pelos trabalhos de circulação sangüínea.

Itália

Galileu Galilei (1564-1642), italiano. Foi um grande pesquisador nas áreas de matemática, física, astronomia. Para ele, os corpos celestes deviam ser estudados e a Via-Láctea não dependia do nosso Sistema Solar. Estudou a aceleração nas quedas dos corpos e anunciou o princípio da inércia.
Foi perseguido pela Igreja porque suas teorias não estavam de acordo com os ensinamentos da Bíblia.

França

Ambroise Paré (1509-1590), francês. Fez notáveis trabalhos na medicina, em torno da cirurgia, e eles se tornaram importantes nos progressos médicos.
Seus grandes trabalhos foram em torno de fazer estancar hemorragias e ligação de artérias.

René Descartes (1595-1650), francês, filósofo, matemático, físico e astrônomo. Estudou com os jesuítas e saiu da França, ingressando como voluntário no exército de Maurício de Nassau.
Como filósofo, Descartes é chamado o pai do racionalismo.
Criou a geometria analítica e fez descobertas na física, escrevendo o tratado sobre a luz.
No campo da filosofia, escreveu vários livros, como Discurso do método, Meditações metafísicas.

Bélgica

Andreas Vesalius (1514-1564), médico belga, nascido em Bruxelas. É considerado, dentro da medicina, o pai da anatomia moderna.

Alemanha

Johannes Kepler (1571-1630), astrônomo e cientista alemão. Estudou as leis dos movimentos dos planetas e conseguiu apresentar teorias sobre o planeta Marte. Suas leis são famosas dentro da física.

Conclusão

O Renascimento foi um fenômeno histórico que fez reviver valores, criar outros novos e trouxe o despertar de novos momentos na literatura, na arte e na ciência.

A sociedade da época aproveitou muito da cultura renascentista, que até hoje chega para nós. Foi o Renascimento, sem dúvida, o alvorecer da Idade Moderna.

Reforma e Contra-reforma

A Reforma foi um movimento que surgiu dentro da Igreja Católica como resposta às dúvidas dos fiéis e às discussões religiosas. As ideias renascentistas valorizaram o homem e suas realizações, a expansão comercial permitiu o confronto de valores e culturas diversas e provocou um "repensar" crítico do mundo, até então dominado pelo clero romano. As alterações político-econômicas da época exigiam uma reformulação na estrutura social, mas a Igreja retardou sua ação, permitindo o aparecimento da crise nas ideias católicas.

No plano político, a autoridade papal (supranacional) interferia no poder do rei. A obrigatoriedade do consentimento do papa na administração dos soberanos ia enfraquecendo o poder deles sobre o Estado. A teoria do Estado independente de Maquiavel começava a frutificar.

No plano econômico, a Igreja continuava proibindo a usura (juros altos) e pregando a venda das mercadorias por um preço justo. Essa teoria era incompatível com o enriquecimento e a ascensão da burguesia comercial. Os negociantes queriam liberdade de preços para garantir a expansão de seus negócios e aumentar seus lucros.

Reforma de Lutero

A Reforma foi um movimento que surgiu dentro da Igreja Católica como resposta às dúvidas dos fiéis e às discussões religiosas. As ideias renascentistas valorizaram o homem e suas realizações, a expansão comercial permitiu o confronto de valores e culturas diversas e provocou um "repensar" crítico do mundo, até então dominado pelo clero romano. As alterações político-econômicas da época exigiam uma reformulação na estrutura social, mas a Igreja retardou sua ação, permitindo o aparecimento da crise nas ideias católicas.

No plano político, a autoridade papal (supranacional) interferia no poder do rei. A obrigatoriedade do consentimento do papa na administração dos soberanos ia enfraquecendo o poder deles sobre o Estado. A teoria do Estado independente de Maquiavel começava a frutificar.

No plano econômico, a Igreja continuava proibindo a usura (juros altos) e pregando a venda das mercadorias por um preço justo. Essa teoria era incompatível com o enriquecimento e a ascensão da burguesia comercial. Os negociantes queriam liberdade de preços para garantir a expansão de seus negócios e aumentar seus lucros.

Contrariando a doutrina adotada pela Igreja Romana de que o homem se salva pelas boas obras, Lutero adotou as ideias de Santo Agostinho, "O homem se salva pela fé". Propôs uma igreja mais simples, onde o Evangelho fosse discutido pelos fiéis, que teriam a Bíblia traduzida no seu próprio idioma (O próprio Lutero traduziu a Bíblia para o alemão). Também era contrário ao celibato clerical e favorável a que as terras da igreja passassem a pertencer ao Estado. Sua doutrina diminuía consideravelmente o poder da Igreja e de seus sacerdotes.

Revoltas sociais

A doutrina luterana provocou uma divisão entre os nobres alemães, muitos deles ansiosos por se apoderar dos bens do clero, para aumentar seus domínios. O apoio desses nobres foi decisivo para que as ideias de Lutero prosperassem. Reunidos pelo imperador Carlos V (do Sacro Império Romano-Germânico) para que voltassem a fé católica, muitos nobres protestaram (daí o nome protestantes dado àqueles que aderiram à nova religião). Sem conseguir um acordo, o rei deu consentimento para que cada nobre escolhesse livremente sua religião. Os camponeses eram obrigados a adotar a religião de seu senhor.

Os pequenos nobres, animados com a perspectiva de mudanças e melhor divisão de riquezas, disputaram com os grandes senhores as terras anteriormente pertencentes a Igreja. Essa revolta dos pequenos cavaleiros foi rapidamente vencida pelos príncipes.

Ao mesmo tempo, surgiram líderes entre os camponeses. Baseados nas escrituras, queriam o fim dos privilégios feudais, o não pagamento de taxas consideradas abusivas e um tratamento digno. Os camponeses afirmavam que essa nova ordem era agradável e compatível com a justiça divina. As revoltas camponesas foram duramente criticadas por Lutero, que autorizou os nobres a combatê-las com rigor e violência, pois "não há nada mais daninho que um homem revoltado…".

Essa defesa dos interesses feudais fez com que o luteranismo fosse a religião dos grandes senhores, que passaram a ser os líderes espirituais da nova Igreja. A doutrina luterana espalhou-se pela Alemanha, Suécia, Noruega e Dinamarca.

Calvinismo

As ideias protestantes foram adotadas também na Suíça. Em Genebra, com a pregação de João Calvino, o protestantismo sofreu uma reformulação e maior radicalização.

Calvino desenvolveu a teoria da predestinação: Deus escolhe os eleitos segundo seu critério, para nós desconhecido, mas justo e infalível, ou seja, o homem nasce salvo ou não, e ocupar um alto posto ou enriquecer pelo trabalho eram sinais da escolha divina.

Calvino tornou-se um autêntico líder político e estabeleceu, de maneira rígida, as regras a serem seguidas pelos calvinistas:

=> estudo e discussão do Evangelho;
=> igrejas sem ornamentos, como vitrais, música, imagens, pois estes atrapalhavam a concentração dos fiéis;
=> obrigação de levar uma vida de trabalho e austeridade, com a proibição de jogos de azar, cartas, bailes e teatros.

Concluindo, a conduta calvinista estimulava a poupança e reduzia os gastos desnecessários. Essa teoria estava de acordo com a filosofia de vida dos burgueses que, enfim, possuíam uma religião que os valorizava.

Anglicanismo

A Inglaterra, sob o reinado de Henrique VIII, conheceu uma nova religião: anglicanismo, que reconhecia o rei como chefe supremo da Igreja e do Estado. O rompimento com o Vaticano deveu-se principalmente a fatores políticos: Henrique VIII desejava a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão, irmã do rei espanhol. Catarina havia se tornado estéril, sem ter deixado herdeiros masculinos para garantir a sucessão real. O monarca temia que, com sua morte, a Inglaterra passasse a ser dependente do poderoso império espanhol. A recusa do papa em dar o divórcio provocou a separação das Igrejas Romana e Inglesa, que ficou com as terras do Vaticano na Inglaterra e não pagou mais os dízimos obrigatórios.

Outras consequências

A partir dela surgiram novas igrejas protestantes: huguenotes (França), reformistas (Países Baixos), presbiterianos (Escócia) e puritanos (Inglaterra).

Essas igrejas aboliram a obrigatoriedade do latim nos ofícios religiosos, desconsideraram a autoridade papal, adotaram como válidos apenas dois sacramentos: o batismo e a eucaristia, acabaram com o celibato para os sacerdotes e permitiram a livre interpretação da Bíblia, aumentando a participação dos fiéis no culto (reuniões de oração e leitura). Criaram uma religião mais individual, em que os santos e os padres passaram a ser dispensáveis.

Contra-Reforma

Os movimentos protestantes diminuíram consideravelmente a influência da Igreja Romana em vários países e provocaram a perda de suas terras nesses domínios.

A expansão rápida do protestantismo e a pressão dos católicos para a moralização de sua religião fizeram surgir uma reação para afirmar o credo católico. Esse movimento foi liderado pela ordem dos Capuchinhos, que viviam na austeridade tradicional, e pelo cardeal Ximenes, da Universidade de Salamanca. Mas a Igreja só conseguiu reafirmar-se definitivamente após a promulgação das resoluções do Concílio de Trento (reunido entre 1545 e 1563 na cidade de Trento, na Itália), que estabeleceu:

=> Rejeição ao protestantismo.
=> Manutenção dos sete sacramentos.
=> Obrigatoriedade do uso do latim na missa.
=> Manutenção do celibato para sacerdotes.
=> Fim da venda de indulgências.
=> Restauração dos tribunais da Santa Inquisição para julgamento de atos e ideias contrárias ao pensamento católico.
=> Reafirmação da doutrina de Boas Obras: o homem se salva pela fé e pela caridade que pratica.
=> Criação da Congregação do Índex, que censurava livros e espetáculos (determinando o que não devia ser lido ou visto pelos católicos).
=> Criação da Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola. Tinha por lema "lutar por Deus e pela cruz". Os jesuítas, formados dentro de rígida disciplina moral, atuaram decisivamente, combatendo o avanço do protestantismo. Através do ensino e pregação, destacaram-se também na evangelização das civilizações recém-descobertas no continente americano.

A reabilitação moral da Igreja deteve o avanço do protestantismo, mas não impediu a divisão de doutrinas. A partir da Reforma, o mundo não estava mais submetido à supremacia da Igreja Romana.

Primórdios do absolutismo europeu

Foi na parte política que houve as maiores transformações dos tempos modernos. Se observarmos bem, foi sempre a figura do rei que ficou em destaque em todo o curso da História, desde as velhas monarquias ocidentais e orientais até hoje. O rei sempre foi a autoridade máxima.

Ainda hoje, temos países em que o rei é o governante, como, por exemplo, na Inglaterra e na Suécia, que são sistemas monárquicos modernos, constitucionais.

As causas gerais desse sistema de absolutismo em toda a Europa foram:

=> A influência do Direito Romano, que começou a se restaurar no século XII.
=> O prestígio da própria tradição feudal, com o rei concentrando todos os poderes.
=> A Igreja que, por fim, preferiu associar-se ao poder civil.
=> A criação de exércitos permanentes pelos reis, que proibiam guerra entre vassalos, cassando-lhes o direito de formar tropas e cunhar moedas.
=> O apoio que a burguesia, oprimida pela nobreza, deu aos reis.
=> A decadência da cavalaria feudal.
=> A ampliação do domínio real por alianças de famílias ou por conquistas.

Tudo isso levou à centralização monárquica, constituindo-se o novo absolutismo, desta vez esclarecido e progressista, fundado numa ordem política expressa na constituição do Estado moderno e na existência de uma nova entidade coletiva que, a partir de agora, ia formar a nação.

O rei passa a ser senhor absoluto, símbolo nacional. Ele é quem faz as leis, aplica a justiça, cuida das finanças e estabelece hierarquia de funcionários; enfim, ele é a fonte de todos os poderes.

Formação dos Países Baixos

A Bélgica e a Holanda foram os primeiros Países Baixos a experimentar o peso da política autoritária de Filipe II e também os primeiros a opor forte e tenaz resistência a ele.

As inimizades, que já há tempos punham em choque a rica burguesia flamenga contra os exageros do fiscalismo espanhol, explodiram em uma revolta em 1566, quando Filipe II pretendia introduzir nos Flandres o Tribunal da Inquisição. Nobres, burgueses, populares, calvinistas e católicos se uniram em luta, que assumiu as características de uma guerra de libertação nacional.

No ano de 1579, sob a chefia de Guilherme de Orange, proclamaram sua independência e se constituíram na República das Sete Províncias Unidas, em 1581, formando a Holanda.

No ano de 1648, a Espanha se decidiu a reconhecer a independência dessa nova República.

A Holanda, em pouco tempo, havia se tornado uma grande potência marítima. Com uma frota de 20 mil embarcações, dominava o oceano e concentrava enorme quantidade de capital em seus bancos, tornando-se o maior centro monetário da Europa.

Porém, as lutas entre a Holanda e a Espanha ainda perduraram até 1648, quando chegou ao fim a Guerra dos Trinta Anos, que envolveu, no início do século XVII, a maioria das nações europeias, por motivos políticos, econômicos e religiosos.

No ano de 1526, com ofensivas fulminantes, os turcos haviam conquistado grande parte da Hungria e chegaram quase às portas de Viena.

Na África, tornaram-se donos da Síria e do Egito e controlavam a Argélia, de onde partiam as frotas de piratas bárbaros para dominar os cristãos e escravizá-los.

Em agosto de 1571, uma frota veneziana caía prisioneira dos turcos otomanos, na ilha de Chipre. Os turcos ameaçavam tomar o Mar Mediterrâneo.

Filipe II havia iniciado uma luta contra eles. As lutas eram sem tréguas, feitas com armas brancas e sempre com represálias sanguinárias.

Foi no ano de 1571 que as potências cristãs resolveram se reunir sob a proteção do papa Pio V, na Liga Santa, e conseguiram defrontar-se com os turcos em uma grande batalha naval, no coração de seus domínios. No dia 5 de outubro de 1571, a frota cristã, composta de 208 navios, sob o comando de João da Áustria (irmão de Filipe II), se confrontou nas águas de Lepanto (na Grécia) com a frota turca, formada de 230 navios. A vitória dos cristãos foi triunfante.

A Batalha de Lepanto foi o maior evento militar do século XVI e pôs fim ao domínio turco no Mediterrâneo, que passou ao domínio espanhol.

Poucos anos depois, Filipe II obteve outro sucesso na política colonial. Em 1580, a dinastia portuguesa entregava, por falta de herdeiros diretos, a coroa de Portugal para a Espanha, e Filipe II ficou governando colônias portuguesas na Índia Oriental e na América do Sul. Foi a época do domínio espanhol no Brasil (1580-1640).

Os domínios espanhóis eram tão vastos que se dizia que neles "o Sol nunca se punha", pois se estendia do Oriente ao Ocidente.

Inglaterra - Rainha Elizabeth I

Elizabeth I, a grande adversária de Filipe II, da Espanha, subiu ao trono após a morte de sua irmã, Maria, a Católica, que tinha deixado uma triste recordação a seu povo, pela crueldade de seu governo e pela perseguição aos protestantes ingleses.

A jovem rainha Elizabeth I esforçou-se para assegurar a paz religiosa e preservar seu país do fanatismo religioso que explodia em todo o continente europeu. Sob seu reinado, foi dada continuidade às obras de Henrique VIII.

Nos campos, surgiu uma nova classe de ricos proprietários, que investiam grandes capitais para ajustar a agricultura às novas exigências da indústria. Eles não se contentavam em produzir só para o próprio consumo; queriam produzir também para vender.

Com o grande consumo de lã, as terras e os campos foram usados para pastagem de ovelhas.

A Inglaterra abria novos mercados para os produtos de sua indústria e teve, desta forma, que aumentar a sua frota, formada de navios ligeiros e bem armados, que começaram a fazer a rota atlântica para quebrar o monopólio espanhol na América e dominar o comércio mundial.

Comércio e pirataria caminhavam passo a passo. Surgiram companhias de navegação, que trocavam produtos como a lã inglesa com cereais da Polônia e sedas do Oriente. A pirataria saqueava quem estivesse por perto.

Uma esquadra foi preparada por Filipe II, da Espanha, em 1587, para invadir e conquistar a Inglaterra.

As duas potências estavam em luta desde meados do século XVI, com a pilhagem sistemática de colônias e navios espanhóis por corsários ingleses.

Divergências religiosas separavam a Espanha da Inglaterra. Além dessas divergências, explodiu uma guerra e, desde 1584, as relações diplomáticas entre esses dois países ficaram cortadas.

Para quebrar o poderio inglês, Filipe II montou a Invencível Armada, formada de 135 navios, 2.000 canhões, 10.000 marinheiros e quase 50.000 soldados. Era comandada pelo Duque de Medina-Sidonia. Em 1588, foi atacada por navios ingleses, antes de penetrar em águas britânicas. Após refugiar-se durante algum tempo em Calais, rumou para a Inglaterra, mas um violento temporal destruiu mais da metade de seus navios, e a esquadra voltou para a Espanha sem combater e quase sem embarcações.

Com isso, a Inglaterra passou à frente da Espanha no poderio marítimo.

O Absolutismo francês

O desejo de ordem e de unidade desenvolvido durante o século XVI levou o povo a aceitar o espírito do absolutismo, no século XVII.

As pessoas julgavam que a concentração de poderes nas mãos de um só homem, o rei, seria o melhor caminho.

As multidões queriam ver no rei a imagem de Deus. O rei, para elas, deveria ser um herói, amante da glória, protetor das letras, mas sem esquecer a predileção pelas armas (visto que a qualidade de conquistador era estimada como a mais nobre e o mais elevado dos títulos por todos os contemporâneos).

A Guerra dos Trinta Anos reforçou enormemente o prestígio internacional da França. O povo vinha reclamando, questionando mudanças políticas.

O absolutismo francês compreendeu desde os reinados de Francisco I, em 1515, até o reinado de Luís XVI, em 1792.

Duas grandes dinastias reinaram na França nesse período: a Dinastia Valois-Orléans-Angoulême e a Dinastia Bourbon.

A Dinastia Valois-Orléans-Angoulême compreendeu os seguintes rei Francisco I, Henrique II, Francisco II, Carlos IX e a regência da rainha mãe Catarina de Médicis e Henrique III.

Guerras de expansão

Com Luís XIV, continuou a política de expansão da França.

O invencível exército francês dominava já a Europa depois da vitória contra a Espanha e os Habsburgos.

Seu exército era profundamente renovado, armado de fuzis novíssimos e de baionetas, com uma potente artilharia. O exército francês só foi vencido no mar, durante uma invasão aos Países Baixos (1672-1678), quando romper os diques e alagar o próprio territórios a render-se aos invasores.

Luís XIV perseguiu protestantes, e muitos deles deixaram o país.
Foi ele quem mandou construir o Palácio de Versalhes, onde morou e no qual trabalhavam mais de 4 mil funcionários. Seu exército uniformizado servia o rei e guardava o palácio.

Essa obra, os gastos da corte e o envolvimento da França em guerras político-religiosas arruinaram a economia francesa.

Política do Rei Sol

O Conselho de Estado, órgão consultivo, era constituído de pessoas que o rei escolhia, e só ele estabelecia critérios para seus componentes.

Absolutismo inglês

O absolutismo na Inglaterra teve início com Henrique VII, primeiro rei da Dinastia Tudor. Esse soberano encontrou um país enfraquecido pelas lutas internas, que aceitou sem resistência a centralização do poder. Mais tarde, a submissão da Igreja inglesa ao poder real (anglicanismo), com Henrique VIII, e a prosperidade econômica do reinado de Elizabeth I, mais a habilidade desses reis de "controlar" o Parlamento, permitiu-lhes um domínio total sobre seu país.

A morte de Elizabeth I (1603), que não deixou herdeiros, fez com que o trono passasse a seus parentes escoceses, os Stuarts.

Jaime I, rei da Escócia e da Inglaterra, era favorável às ideias absolutistas. Para fortalecer seu poder, lançou novos impostos sem autorização do Parlamento e tentou reforçar a Igreja Anglicana (da qual era chefe supremo), perseguindo católicos e protestantes. Sua falta de habilidade política colocou o Parlamento contra seu governo e sua intolerância religiosa desagradou principalmente aos burgueses e ao povo. Foi durante o seu governo que se iniciou o povoamento da América do Norte. Muitos. colonos fugiam das perseguições religiosas provocadas por ele.
Retrato equestre de Carlos I com o senhor de Saint Antoine, por Anthony van Dyck.

Seu filho, Carlos I, adotou a política paterna, aumentando as divergências entre o poder real e os membros do Parlamento, que, agora, raramente eram convocados.

Durante seu reinado, Escócia e Irlanda revoltaram-se por causa dos altos impostos cobrados.

Para esmagar a rebelião, Carlos I foi forçado a convocar o Parlamento: precisava de dinheiro para pagar o Exército. Depois de conseguir seu objetivo, o rei procurou dissolver o Parlamento. A burguesia, cansada de tanto autoritarismo, não aceitou essa atitude e iniciou uma rebelião para depor o rei. A Inglaterra se dividiu em dois partidos opostos:

=> os cavaleiros, que apoiavam o poder real. Eram grandes proprietários de terras, nobres e altos representantes da Igreja Anglicana;
=> os cabeças-redondas, que queriam adotar a forma republicana de governo. Pertenciam a esse partido os pequenos nobres rurais, burgueses e camponeses.

Os cabeças-redondas venceram e condenaram à morte o rei Carlos I. Nas lutas, destacou-se a liderança de Oliver Cromwell, membro da pequena nobreza que, apoiado pelos puritanos, assumiu o poder com a tarefa de reorganizar o Estado.

Restauração monárquica (1660-1688)

O rei Carlos II da Inglaterra.
Carlos II, herdeiro de Carlos I, que estava exilado na França, assumiu o trono inglês, jurando obediência à Constituição. No entanto, apoiado pelo rei absolutista Luís XIV, procurou concentrar o poder em suas mãos e, ao mesmo tempo, reabilitar a Igreja Católica. Seu governo foi marcado por protestos dos parlamentares, que conseguiram uma única vitória: a lei do habeas-corpus, que garantia ao indivíduo proteção contra prisões sem comprovação de crime.

Jaime II, seu irmão e sucessor, era católico declarado (é preciso lembrar que um retorno ao catolicismo implicaria a devolução das terras que os anglicanos haviam tomado da Igreja Católica). Para evitar que, novamente, a religião católica se tornasse a religião oficial na Inglaterra, nobres e burgueses se uniram para depor o rei, entregando o poder à sua filha Maria Stuart (protestante).


Carlos II, herdeiro de Carlos I, que estava exilado na França, assumiu o trono inglês, jurando obediência à Constituição. No entanto, apoiado pelo rei absolutista Luís XIV, procurou concentrar o poder em suas mãos e, ao mesmo tempo, reabilitar a Igreja Católica. Seu governo foi marcado por protestos dos parlamentares, que conseguiram uma única vitória: a lei do habeas-corpus, que garantia ao indivíduo proteção contra prisões sem comprovação de crime.

Seu irmão e sucessor, Jaime II, era católico declarado (é preciso lembrar que um retorno ao catolicismo implicaria a devolução das terras que os anglicanos haviam tomado da Igreja Católica). Para evitar que, novamente, a religião católica se tornasse a religião oficial na Inglaterra, nobres e burgueses se uniram para depor o rei, entregando o poder à sua filha Maria Stuart (protestante).


Consequências

Desde essa época, o Parlamento passou a dirigir a política inglesa. Com o tempo, o primeiro-ministro, escolhido entre os membros do partido mais votado, passou a exercer a função de chefe de governo. Dar a expressão "o rei reina, o primeiro-ministro governa".

O rompimento definitivo com o absolutismo favoreceu o desenvolvimento de nova política econômica, adequada aos interesses da crescente burguesia: optou-se pelo livre comércio, dando fim aos monopólios. Qualquer pessoa que tivesse recursos suficientes poderia iniciar uma atividade produtiva e comerciar livremente em qualquer região de sua escolha. Isso estimulou grandemente a produção agrícola e manufatureira e fez com que a Inglaterra conseguisse reunir condições favoráveis para ser a pioneira na Revolução Industrial.

Datas da Idade Moderna:

1453 - tomada de Constantinopla.
1453 - Fim da Guerra dos Cem Anos.
1455-1460 - Preparação e impressão do primeiro livro impresso em uma prensa de tipos móveis reutilizáveis: a Bíblia de Gutenberg.
1492 - Viagem de Cristóvão Colombo à América.
1494-1526 - Guerras da Itália.
1496 - expulsão dos Judeus e dos Mouros de Portugal.
1497 - Vasco da Gama parte para a Índia.
1500 - Descoberta oficial do Brasil por Pedro Álvares Cabral.
1517 - Martinho Lutero publicou as "Noventa e Cinco Teses". Início da Reforma Protestante.
1519-1522 - Volta ao mundo de Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano.
1534 - "Acto de Supremacia" em Inglaterra. O rei Henrique VIII rompeu com Roma e declarou-se chefe da Igreja Anglicana.
1545 - Primeira sessão do Concílio de Trento. A última sessão decorreu em 1563.
1562-1598 - Guerras de Religião em França.
1618 - Início da Guerra dos Trinta Anos.
1642-1660 -Revolução Inglesa.
1688-1689 - Revolução Gloriosa em Inglaterra.
1776-1783 - Revolução Americana.
1789 - Início da Revolução Francesa.

Fontes:
(Pesquisas-História Geral)

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