PLACAS TECTÔNICAS - O QUE SÃO - QUAIS SÃO - LOCALIZAÇÕES

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O que são Placas Tectônicas?
São porções da litosfera, limitadas por zonas de convergência, zonas de subducção e zonas conservativas. Atualmente, a Terra tem doze placas tectônicas principais e muitas mais sub-placas de menores dimensões. Segundo a teoria da tectônica de placas, as placas tectônicas são criadas nas zonas de divergência, ou "zonas de rifte" e são consumidas em zonas de subducção. É nas zonas de fronteira entre placas que se regista a grande maioria dos terremotos e erupções vulcânicas.

No meio dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico existem cordilheiras que chegam a atingir até 4.000 metros acima do assoalho oceânico chamadas de Cordilheiras “Meso-oceânicas”. Estas cordilheiras se originam do afastamento das placas tectônicas nas chamadas “zonas de divergência”. São locais onde as correntes de convecção atuam em direções contrárias originando rupturas no assoalho oceânico pelas quais é expelido o magma da astenosfera. Dessa forma, ao esfriar, o magma (ou lava basáltica) causa a renovação do assoalho oceânico.

Outro tipo de movimento das placas tectônicas acontece nas chamadas “zonas de convergência” onde as placas se movimentam uma em direção à outra. Nesse caso, pode acontecer de uma placa afundar por sob a outra nas “zonas de subducção”. Isso acontece entre uma placa oceânica e uma placa continental porque a placa oceânica tende a ser menos densa que a placa continental o que faz com que ela seja “engolida” por esta última. Um exemplo é a zona de subducção da Placa de Nazca em colisão com a Placa continental Sul-Americana e responsável pela formação da Cordilheira Andina.

Quando o movimento de convergência ocorre entre duas placas continentais, ou seja, de igual densidade, ocorre o soerguimento de cadeias montanhosas como o Himalaia, por exemplo, que está na zona de convergência das placas continentais Euroasiática e Arábica.

Atualmente considera-se a existência de 12 placas principais que podem se subdividir em placas menores.

Principais placas:

Placas Tectônicas - Mapa


Placa Africana
A placa Africana é a principal placa tectônica do continente africano. Abrange todo o continente e faz divisas com a placa Sul-americana, a placa Caribeana, a placa Euroasiática, a placa Arábica, a placa Indiana, a placa Australiana e a placa Antártica. No meio do Atlântico, uma falha submersa abre caminho para o magma do manto inferior, fazendo com que esse bloco se afaste progressivamente da placa sul-americana - com quem formava um continente único há 135 milhões de anos - e cresça de tamanho. A tendência é passar os 65 milhões de quilômetros quadrados atuais. É uma subdivisão do supercontinente Gondwana e do seu choque com a placa Euroasiática surgiram o mar Mediterrâneo e o Vale do Rift.

Placa Antártica
A placa Antártica é uma placa tectônica continental, abrangendo toda a Antártida e a região austral dos oceanos.
Ela faz divisas com a placa de Nazca, a placa Sul-americana, a placa Africana, a placa Indo-australina, a placa de Scotia e a placa do Pacífico.

Placa Arábica
A placa Arábica é uma placa tectônica continental, abrangendo a península Arábica até a Turquia, esta assim como o Irã e outros países, sofrem muito com terremotos originados do choque desta placa com a Euroasiática. Em tempos remotos foi a responsável pela origem do mar Vermelho.
A placa faz limites com a placa Indo-australiana, a placa Africana, e a placa Euroasiática.

Placa Australiana
Placa Indo-australiana é o nome dado ao conjunto formado por duas placas tectônicas, a placa Australiana e a placa Indiana. Abrange boa parte do oceano Índico, os subcontinentes da Índia e Austrália e parte do Himalaia, este consequência direta do choque ocorrido há milhões de anos, quando a Índia desprendeu-se da Antártica e chocou-se com a Ásia.
Quando Gondwana separou-se, as duas placas uniram-se, criando a placa atual. Pesquisas recentes alertaram que a placa está dividindo-se de novo, a um ritmo de dois centímetros por ano.

Placa Caribeana
A Placa das Caraíbas ou do Caribe é uma grande parte oceânica da placa tectônica subjacente - a América Central e o Mar do Caribe, ao longo da costa norte da América do Sul.
Com Cerca de 3,2 milhões de quilômetros quadrados de área, a Placa do Caribe faz fronteiras com a norte-americana Plate, a placa Sul-americana, a placa de Nazca e a Placa Cocos. Essas fronteiras são regiões de intensa atividade sísmica, incluindo frequentes terremotos, eventuais tsunamis e erupções vulcânicas.

Placa dos Cocos
A placa de Cocos é uma placa tectónica oceânica, localizada no oceano Pacífico, à oeste da América Central. Foi gerada por um desprendimento de placa (da placa do Pacífico), gerando o que os geólogos chamam de sistema de Cocos-Nazca.
Depois da fissura, a placa foi empurrada para leste, fundindo-se em alguma partes com a placa do Caribe, num processo chamado subducção. Como consequência, a subducção influiu na astenosfera, abrindo saídas para o magma do interior, criando fileiras de vulcões na Costa Rica, Guatemala e México. Outro resultado são os terremotos recentes.

Placa Eurasiática
A Placa eurasiática é uma das doze principais placas tectônicas em que é dividida a litosfera terrestre.
Compreende grande parte da Eurásia, com exceção do subcontinente indiano, da península arábica e da parte da Siberia a Este da Cordilhera Verkhoyansk.

Placa Filipina
A placa das Filipinas é uma placa tectónica oceânica, localizada no oceano Pacífico, a este das Filipinas, ilhas que cederam seu nome à placa.
Também a leste, uma subducção com a placa do Pacífico originou a fossa das Marianas, a maior fossa em profundidade do planeta Terra. Faz divisas com a placa Eurasiana, a placa Indo-australiana, a placa Norte-americana, e as placas de Amures e Okhotsk. A península de Izu, no Japão é o ponto mais setentrional da placa, local onde se localiza o monte Fuji.

Placa de Nazca
O nome Nazca vem da cidade inca.
A Placa de Nazca é uma placa tectônica situada à esquerda da América do Sul, ao lado dos Andes. A Cordilheira dos Andes foi formada quando ocorreu um choque entre Nazca e a Placa Sul-americana.

Placa Norte-Americana
A Placa Norte-Americana é uma das seis principais placas tectônicas do planeta.
O limite entre esta placa e a placa do Pacífico é o limite conservativo (as placas deslizam, horizontalmemte, uma em relação à outra).

Placa do Pacífico
A placa do Pacífico é uma placa tectónica oceânica, e abrange a maior parte do oceano Pacífico.
Ao norte faz divisas com a placa do Explorador, a placa Juan de Fuca e a placa de Gorda. Estes conflitos geram fissuras na litosfera. Também faz limites com a placa Norte-americana (a consequência é a falha de San Andreas), a placa de Cocos e a placa de Nazca.
Ao sul, sua colisão com a placa Antártica formou a placa Pacífico-Antártica.

Placa Sul-Americana
A placa Sul-americana é uma placa tectónica continental que inclui o continente da América do Sul e se estende para leste até à Dorsal Média Atlântica.

A fronteira leste é um limite divergente com a placa africana, formando a parte meridional da Dorsal Média Atlântica. A fronteira sul é um limite com a placa antárctica e com a placa de Scotia. A fronteira oeste é um limite convergente com a placa de Nazca, que se afunda sob a sul-americana. A fronteira norte é um limite com a placa caribenha.

A ocidente, a placa de Farallon tem vindo a afundar-se sob a placa sul-americana desde o período Jurássico. Os restos dessa placa (hoje conhecidos por placa de Cocos) e a placa de Nazca continuam ainda hoje a afundar-se sob o bordo ocidental da placa sul-americana.

Por estar bem no centro desse bloco, o Brasil sente muito pouco os efeitos de vulcões e terremotos. A placa possui 32 milhões de Km². No centro do continente, mede 200 Km de espessura e na borda da placa, com a África, os terrenos mais jovens não passam de 15 Km.

O deslocamento da placa tectônica sul-americana, que se afasta 1,5 centímetro por ano da africana, é acompanhado pelo manto superior terrestre até a profundidade de 700 km no Brasil. O deslocamento envolve também o manto inferior, mais próximo do núcleo. Até agora, acreditava-se que apenas uma camada de 100 a 200 km de profundidade do manto superior acompanhasse o movimento da placa. A descoberta, realizada pelo geofísico Marcelo Assumpção, da Universidade de São Paulo (USP), contribui para uma melhor compreensão da dinâmica das placas tectônicas.

Placas tectônicas são os enormes blocos rochosos que compõem a superfície terrestre. Elas são movidas por correntes de convecção geradas pela transmissão do calor contido no interior do planeta. O calor aquece o material do manto, que dilata, torna-se mais leve e sobe. No topo, quando esfria, torna-se mais denso e tende a descer. As correntes de convecção podem gerar plumas - colunas de rochas quentes formadas no limite entre o núcleo externo e o manto inferior. As plumas podem atingir a superfície terrestre, perfurar a crosta e causar vulcanismo.

Placas Tectônicas - Correntes - Falhas

Sabe-se que uma pluma está associada à ruptura do continente de Gondwana, que reunia a África e a América há 130 milhões de anos. Assumpção observou um pedaço dessa pluma hoje inativa (fóssil), situada entre 200 e 700 km abaixo da região em que hoje se situa o sudeste brasileiro. A localização da pluma foi fundamental para mostrar que o manto superior terrestre acompanhou o movimento da placa sul-americana até pelo menos 700 km de profundidade. "A coluna estava embaixo do continente sul-americano quando ele ainda estava junto com a África. Se ele tivesse andado sozinho, a pluma deveria estar no meio do oceano ", explica Assumpção.

O mesmo estudo identificou a existência de um bloco de rochas mais frias a cerca de 1.300 km de profundidade abaixo do sudeste brasileiro. Para Assumpção, pode se tratar de um pedaço da placa de Nazca. Acreditava-se que essa placa, que começa no fundo do Oceano Pacífico, atingiria apenas 600 km de profundidade. Ela se chocou com a placa sul-americana e, por ser mais leve, mergulhou sob ela. Nesse caso, a placa tectônica afunda no manto e, sob ação de altas temperaturas, pode se dissolver e confundir-se com ele. Aceitava-se que o fenômeno aconteceria a 700 km de profundidade. Encontrar a placa de Nazca a uma profundidade de 1.300 quilômetros mostra que placas em mergulho podem permanecer intactas a profundidades superiores.

Força motriz das Placas Tectônicas

É o mecanismo físico que causa movimento de placas tectônicas. Existem duas forças importantes: tração por peso da placa em subducção, que se encontra na fossa oceânica (slab-pull) e empurrão por expansão de cadeia meso-oceânica (ridge-push). Cálculos quantitativas demostraram que a “slab-pull” é a força principal e a “ridge-push” é a força secundária. A força slab-pull é originada da litosfera oceânica fria e densa em comparação com a astenosfera mais quente e menos densa. No Oceano Pacífico, a slab-pull é predominante.

Esta força é causada pela inversão densimétrica da litosfera oceânica, que é fria e densa, em comparação com a astenosfera oceânica, mais quente e menos densa. No Oceano Atlântico, a importância de “ridge-push” é relativamente grande. O Oceano Índico tem características intermediárias.

Placas Tectônicas - Camadas

Força Motriz - Modelo atual após 1994

A forma da convecção térmica do manto foi esclarecida visualmente, na década de 1990, por meio da tomografia sísmica que mostrou a estrutura manto desde a superfície do manto até o contato com o núcleo. A tomografia sísmica do globo inteiro apóia a idéia de que força motriz principal de movimento das placas é a tração de slab. Além disso, revelaram importantes tectonismos causadas pelas plumas quentes e plumas frias, o que possibilitou o surgimento da teoria de tectônica de plumas (Maruyama, 1994).

Origens: ext.lnec.pt/igc.usp.br
Richardson, R.M. 1992. Ridge Forces, Absolute Plate Motions, and the Intraplate Stress Field, Journal of Geophysical Research, 97.
Vigny, C. et al 1991. The Driving Mechanism of Plate Tectonics, Tectonophysics.
Wilson M. 1993 Plate-moving Mechanisms Constraints and Controversies Journal of the Geological Society.


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