A natação no Brasil, é um esporte que se destaca nas provas internacionais, como nas Olimpíadas, os jogos Pan-Americanos e competições sul-americanas.
As Paraolimpíadas de Sydney, em 2000, não só despertaram a atenção para o brilhante desempenho dos nossos competidores, como renderam ao Brasil, sua primeira medalha de ouro nesta modalidade de competição.
Um esporte completo
Uma atividade que trabalha todo o conjunto muscular do nadador sem os impactos específicos que podem lesar as articulações – o que é bastante comum em outros exercícios físicos. Além disto, estimula as atividades cardíacas e respiratórias e é recomendada para qualquer idade.
A natação exige treinamento e um bom preparo físico, mas pode também ser utilizada para outros fins, como na terapia de reabilitação, recuperando o indivíduo de lesões e atrofias musculares.
Na Grécia antiga
Era um esporte muito valorizado e o filósofo Platão afirmava que quem não sabia nadar não era educado. Em Roma, quem não nadava também não era visto com bons olhos e o esporte era incluído no treinamento dos soldados do império.
A natação evolui mais ainda, a partir do século XIX, em Londres, quando as primeiras provas começaram a ser realizadas. A partir daí, competidores internacionais passaram a participar, com destaque para os norte-americanos, que ganhavam todas as competições.
Foram criados também novos estilos e os antigos se aprimoraram. Inclusive, o nado "crawl" começou a ser elaborado nessa época. Para quem não sabe, o estilo "crawl" é aquele em que os braços são elevados para a frente, alternadamente. Curiosamente, foram os nativos da América do Sul que inspiraram o inglês Arthur Trudgen a aperfeiçoar o estilo, em 1893.
Também foram os indígenas, desta vez australianos, que mudaram o movimento das pernas. Em vez de horizontais, passaram a ser verticais em relação à água, nascendo assim o estilo "crawl australiano". Uma versão americana foi criada em seguida, e o nado "crawl" (também conhecido como "nado livre") faz parte das competições até hoje.
O nado de costas só entrou para as competições em 1908, na versão de 100m, assim como o peito, com 200m. Em 1956, acrescentou-se o nado de borboleta e, em 1960, o revezamento 4 x 100m, alternando os quatro estilos.
Estilos modernos
As competições modernas de natação incluem quatro estilos: livre, costas, peito e borboleta, além do "medley" que junta os quatro estilos, tendo o nadador que percorrer 100m em cada.
O mais rápido
O nado livre, ou "crawl", é o mais rápido dos quatro, com golpes curtos. O nado costas tem os movimentos simétricos aos do "crawl", mas, como o nome diz, é realizado de costas. Já no nado peito, os braços não saem da água, movimentando-se para frente e para trás, com os ombros paralelos à água. O nado borboleta é bem parecido com o peito; a diferença é que, no primeiro, os braços podem estar dentro ou por fora d'água. No golfinho, o princípio é o mesmo, com exceção dos pés, que têm movimento simultâneo e sincronizado.
Nossos campeões
Nossos mais famosos representantes na natação são Ricardo Prado, Gustavo Borges e Fernando Scherer, o "Xuxa".
Ricardo Prado
Ricardo Prado, em 1984, conquista a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles e entra para história ao chegar em segundo lugar nos 400m medley. Antes disso, em 1982, porém, ele já havia batido o recorde mundial também nos 400m medley.
Nadando desde os 10 anos de idade, Gustavo Borges passou a se destacar em competições internacionais em 1991 nos Jogos Pan-americanos de Cuba.
Gustavo Borges
Desempenho de Gustavo Borges
- Gustavo Borges em 1992, foi medalha de prata nos 100m livres nas Olimpíadas de Barcelona;
- em 1996, ganhou medalhas de prata (100m livres) e bronze (200m livres) nas Olimpíadas de Atlanta;
- em 2000, nas Olimpíadas de Sydney, foi medalha de bronze com seus companheiros em um histórico revezamento 4x 100 metros.
Xuxa
Fernando Scherer, o "Xuxa", também é referência nacional. Começou a nadar em 1988, com o simples objetivo de combater resfriados crônicos. Acabou se destacando e em 1992 já era vencedor do Troféu Brasil pelos 50 e 100 metros nado livre.
Fernando Scherer - Xuxa
Xuxa ganhou medalha de ouro nos 100 metros livre e no 4x100 livre no Mundial da Espanha (1994). Levou a medalha de bronze nos 50 metros livre em Atlanta (1996) e arrebanhou quatro medalhas de ouro no Pan-Americano, três anos depois, em 1999. Além disto, participou da equipe que levou a medalha de bronze no 4x 100 metros em Sydney, em 2000.
Natação - Quadro de medalhas do Brasil
- Helsinque (Finlândia), 1952
- Tetsuo Okamoto, bronze nos 1.500 metros livre (18min51s30)
- Roma (Itália), 1960, Manuel dos Santos Júnior, bronze nos 100m livre (55s40)
- Moscou (antiga União Soviética), 1980, Djan Madruga, Ciro Delgado, Jorge Fernandes e Marcus Mattioli, bronze no revezamento 4 x 200 m livre (7min29s30)
- Los Angeles (Estados Unidos)1984, Ricardo Prado, prata nos 400m medley (4min18s45)
- Barcelona (Espanha)1982, Gustavo Borges, prata nos 100m livre (49s43)
- Atlanta (Estados Unidos)1996, Gustavo Borges, prata nos 200m livre (1min48s63)
- Gustavo Borges, bronze nos 100m livre (49s02)
- Fernando Scherer (Xuxa), bronze nos 50m (22s29)
- Sydney (Austrália)2000, Fernando Scherer, Gustavo Borges, Carlos Jayme e Edson Valério, bronze no revezamento 4x100m (3min17s40).
Cesar Cielo nas Olimpíadas de Pequim
A natação do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim
Especialmente depois dos ótimos resultados obtidos durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, a natação brasileira, , foi para Pequim com grande esperança de subir ao pódio. E subiu.
César Cielo Filho, velocista brasileiro especializado nos 50 m livre, era o brasileiro mais cotado para subir ao lugar mais alto - e cumpriu com o seu papel. Na quinta-feira, 14 de agosto, César conquistou dois grandes feitos. O primeiro deles foi a conquista da medalha de bronze nos 100 m livre - sendo esta a primeira medalha da natação nos Jogos de Pequim. Não bastasse isso, poucas horas depois da medalha, O Cesão, como é carinhosamente chamado, bateu o recorde olímpico dos 50 m livre com 21s47 e classificou-se para a semifinal desta prova.
Infelizmente, na bateria seguinte, o francês Amaury Leveaux baixou em um centésimo o tempo de Cielo e estabeleceu o novo recorde olímpico. A antiga marca pertencia ao russo Alexander Popov, que fez o tempo de 21s91 nos Jogos de Barcelona, em 1992.
Mas César não deixou barato e ao cair na água no dia seguinte pela semifinal, recuperou o seu recorde olímpico terminando a prova em 21s34 e ainda se classificou para a grande final.
Na final, César se superou novamente e não só venceu como também bateu mais uma vez o recorde olímpico - que já era dele. Ao terminar a prova em 21s30, César tornou-se o nadador mais rápido do mundo, já que a prova dos 50 m livre é considerada a mais rápida da natação.
Cesar Cielo - Ouro e record em Pequim
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