DIA DA REVISTA EM QUADRINHOS - 30 DE JANEIRO

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Fantasma, Super Homem, Capitão Marvel e tantos outros firmaram definitivamente o gênero no panorama mundial. A primeira história em quadrinhos surgiu em 1823, em Boston. Era um almanaque que, ao lado de anedotas e passatempos, incluía a novidade.

O Dia do Quadrinho Nacional - festejado em 30 de janeiro - foi instituído pela Associação de Quadrinhistas e Cartunistas do Estado de São Paulo, para lembrar que nesse dia, em 1869, foi publicada a primeira história em quadrinhos brasileira.

No dia 30 de janeiro de 1869 foi publicada no Brasil aquela que é considerada a primeira história em quadrinhos tupiniquim. Neste ano, o italiano radicado no Brasil Ângelo Agostini publica uma série regular de histórias com o personagem Nhô-Quim, um caipira em aventuras na corte. Suas histórias foram publicadas na revista Vida Fluminense. Não havia um foco narrativo fixo, e sim apenas uma seqüência de situações cômicas sobre um caipira na cidade grande.

Nhô-Quim contava a história de um caipira rico e ingênuo, que vai à corte, acaba se perdendo e se envolve em todo tipo de trapalhadas. A história mostrava o conflito entre a cultura rural e urbana. É uma história hilariante, onde o autor procura fazer críticas aos problemas enfrentados na cidade, aos modismos e costumes da sociedade da época, além de aproveitar para fazer sua costumeira critica política (Agostini era republicano e não perdia oportunidade para criticar a monarquia).

Recentemente foi lançado um álbum com os principais trabalhos com quadrinho de Ângelo Agostini As Aventuras de Nhô-Quim e Zé Caipora: os primeiros quadrinhos brasileiros 1869-1883, Senado Federal, organizado pelo jornalista e pesquisador Athos Eichler Cardoso.

Revista em quadrinhos

Os quadrinhos no Brasil

Os quadrinhos no Brasil ainda lutam por reconhecimento, como uma forma séria de fazer arte e literatura. Algumas conquistas vieram, como a entrada dos quadrinhos nas escolas através do MEC, prêmios como o Troféu Ângelo Agostini e o HQ Mix, etc.

Hoje, para muitos, a internet ainda é a melhor forma de divulgação. Poucas são as editoras que oferecem oportunidade aos talentos nacionais.

Temos nomes como Maurício de Sousa, Antônio Cedraz e Ziraldo, que conseguiram abrir espaço para suas produções, mas estes são exceções.

O processo de criação do quadrinho

O segredo de um bom quadrinho, além do personagem, está no roteiro, onde tudo começa. ?Um bom roteiro tem muitas chances de se tornar uma história em quadrinhos; já o contrário é praticamente impossível?, afirma David Fehrmann. Depois do roteiro, vem o storyboard, layout, arte final, colorização e diagramação.

O gibi do Smilingüido nasceu em junho de 2002, depois de 12 meses de planejamento e formatação de equipe. Desde então, é produzida uma edição do gibi do Smilingüido e sua turma por mês.

Tecnologia

A tecnologia, que antigamente assustava os editores e quadrinistas, hoje é uma grande aliada desse tipo de produção. David Fehrmann, coordenador do Ateliê de Produção do gibi Smilingüido e sua Turma, publicação da Editora Luz e Vida, lembra que o medo de que a tecnologia matasse os quadrinhos perdurou por muito tempo.

Muitos editores temiam que o surgimento da máquina de xerox trouxesse prejuízos aos seus negócios. Isso não aconteceu.? Pelo contrário. Atualmente, a leitura de quadrinhos no Brasil passa por um período de reaquecimento, conta o coordenador.

Os motivos para a continuidade do sucesso dos quadrinhos são variados: vão desde a qualidade da produção ao profissionalismo, passando pela maior distribuição, segmentação, e, é claro, pela diversidade de gibis. A internet, como uma ferramenta de apoio, é muito forte, pois possibilita a criação de clubes de leitores que, antigamente, eram logisticamente muito complicados para serem implementados e que são fundamentais para um trabalho voltado para a fidelização do cliente.

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