DIA DO RADIOLOGISTA - 08 DE NOVEMBRO

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A primeira chapa radiográfica, feita em 1898, foi de um corpo estranho na mão do então ministro Lauro Muller, um de seus primeiros clientes. Entre 1899 e 1912, Dr. Pires adquiriu todos os tipos de tubos fabricados pela Siemens.

O tempo necessário para produzir a chapa radiográfica era longo. Uma radiografia de tórax levava cerca de 30 minutos e uma de crânio em torno de 45 minutos. O extenso período da exposição não permitia que o paciente ficasse sem respirar, comprometendo a boa definição da imagem. Outro inconveniente era a intensa radiação que se espalhava.

Há 110 anos, foi registrada a criação de uma importante descoberta médica, o primeiro aparelho de raios X, desenvolvido por Wilhelm Conrad Roentgen, na Alemanha. Passados pouco mais de dois anos, o médico brasileiro José Carlos Ferreira Pires já produzia as primeiras radiografias com finalidades diagnósticas da América do Sul, em Formiga, Minas Gerais.

O primeiro aparelho de raios X chegou ao País em 1897. Fabricado pela Siemens, o aparelho era rudimentar, com bobinas de Rhumkorff de 70 cm cada uma e tubos tipo Crookes. Naquela época, a cidade de Formiga não contava com eletricidade e para colocar o aparelho em funcionamento, era necessário alimentá-lo com baterias e pilhas Leclancher rudimentares de 0,75 HP. Os resultados não foram satisfatórios e então Dr. Pires decidiu instalar um motor fixo de gasolina que funcionava como um gerador elétrico.

08 de novembro - Dia do Radiologista

Na década de 50, após uma exposição do Departamento de Radiologia da Associação Médica de Minas Gerais, o aparelho foi enviado para o exterior, por falta de interesse das entidades governamentais em criar um museu histórico no País, naquela ocasião. Atualmente, o primeiro aparelho de raios X utilizado no Brasil encontra-se no International Museum of Surgical Science, em Chicago, nos Estados Unidos.

As observações e pesquisas do Dr. Pires possibilitaram a publicação de muitos trabalhos em revistas científicas e congressos médicos.
Contudo, foi na área de Radiologia e Radioterapia, por seu pioneirismo, em que publicou seus melhores trabalhos:

Localização de corpos estranhos pelos raios X (final do século XIX);

Diagnóstico das aortites pelos raios X (1900);

Perigo da ação dos raios X sobre os tecidos (1901);

Possibilidade da ação profunda dos raios X (1902);

As radiotermites (1904);

Radioterapia do linfogranuloma (1906);

Técnica radiológica do tubo gastrointestinal com emprego de radiopacos (1911).

Dotado de privilegiada inteligência e incrível conhecimento médico, Dr. Pires contribuiu e muito para o progresso da ciência no Brasil e no exterior. Após seu falecimento, em 1912, seus familiares mantiveram intactos seus consultórios com aparelhos de raios X e sua notável biblioteca.

Considerado um dos principais nomes da medicina brasileira, recebeu diversas homenagens. Em 1906, Dr. Pires recebeu a medalha de 1a classe de mérito científico e humanitário, no XV Congresso Internacional de Medicina em Lisboa, do qual foi membro. Recentemente, em 1998, em comemoração aos 100 anos da Radiologia Mineira, em Belo Horizonte, o Congresso Brasileiro de Radiologia foi dedicado à sua homenagem.

No Brasil

A radiologia ou diagnóstico por imagem no Brasil é conhecida como uma das especializações da medicina, ciência que estuda órgãos ou estruturas através da utilização de raios-x que envolve um processo de revelação. Esses avançados aparelhos permitem, através de imagens do corpo humano, definir e diagnosticar doenças.

O médico radiologista é o profissional responsável pela realização de exames, análise e interpretação das imagens obtidas através de raios-x e, também, pela emissão de laudos ou relatórios. O radiologista, bem como todos os profissionais da área da saúde, devem priorizar o bem-estar da sociedade e dos pacientes, e, por isso, devem seguir à risca o Código de Ética Profissional.

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