LITERATURA - EÇA DE QUEIROZ - BIOGRAFIA

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José Maria Eça de Queiroz nasceu em 25 de novembro de 1845, na cidade de Póvoa de Varzim - Portugal. Foi um importante romancista português do século XIX.

Foi estudar Direito na cidade de Coimbra aos 16 anos de idade. Seus primeiros trabalhos como escritor apareceram no Jornal Gazeta de Portugal. Trabalhou como administrador municipal no município de Leiria. Trabalhou também como cônsul de Portugal na Inglaterra. Esta época foi uma das mais produtivas de sua carreira.

Foi discípulo do escritor francês Gustave Flaubert, de quem recebeu grande influência literária. Eça de Queiroz foi um dos pioneiros da literatura realista em Portugal.

Abordou, em suas obras, diversos temas. Porém, podemos observar algumas características comuns em seus romances, como, por exemplo, abordagem de temas cotidianos, descrição de locais e comportamento de pessoas, pessimismo, ironia e humor.

Principais Obras

· A Cidade e as Serras
· A Ilustre Casa de Ramires
· A Relíquia
· A Tragédia da Rua das Flores
· As Farpas
· Contos e Prosas Bárbaras
· O Crime do Padre Amaro
· O Mandarim
· O Mistério da Estrada de Sintra
· O Primo Basílio
· Os Maias
· Uma Campanha Alegre

Datas

=> 1845 - Nasce Eça de Queiroz em Póvoa de Varzim-Portugal.
=> 1855 - É matriculado no Colégio da Lapa, na cidade do Porto, dirigido pelo pai de Ramalho Ortigão. Aí fará a escolaridade obrigatória até ao seu ingresso na Universidade.
=> 1861 - Matricula-se no primeiro ano da Faculdade de Direito de Coimbra, onde conheceu Teófilo Braga e Antero de Quental, entre outros.
=> 1866 - Envia ao Teatro D. Maria I a tradução de uma peça de José Bouchardy, intitulada Filidor.- Forma-se em Direito e instala-se em Lisboa, em casa dos pais, no Rossio, 26, 4º andar, inscrevendo-se como advogado no Supremo Tribunal de Justiça.
Inicia a publicação de folhetins no jornal Gazeta de Portugal num total de dez artigos que serão reunidos no volume Prosas Bárbaras em 1909.
Conhece Jaime Batalha Reis na Redacção da Gazeta de Portugal.
Parte para Évora no final do ano, onde irá fundar e dirigir o jornal da oposição Distrito de Évora.
=> 1867 - Inicia a sua actividade como advogado.
Em Julho deixa a direcção do Distrito de Évora, regressa a Lisboa e retoma a sua colaboração na Gazeta de Portugal de Outubro a Dezembro.
No final do ano forma-se o «Cenáculo», contando-se Eça de Queiroz entre os primeiros membros; do «Cenáculo» farão parte Antero de Quental, Salomão Saragga, Jaime Batalha Reis, Augusto Fuschini, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, José Fontana, entre outros.
=> 1869 - São publicados no jornal Revolução de Setembro os primeiros versos de Carlos Fradique Mendes, "poeta satânico", criação conjunta de Eça, Antero e Batalha Reis.
Viagem pela Palestina, Síria e Egipto, onde assiste à inauguração do Canal de Suez em companhia de Luís de Castro, conde de Resende.
=> 1870 - Regressado a Lisboa, publica no Diário de Notícias os relatos da viagem ao Médio-oriente com o título «De Port-Said a Suez».
Publicação no mesmo jornal de O Mistério da Estrada de Sintra, em colaboração com Ramalho Ortigão (de Julho a Setembro).
É nomeado Administrador do Concelho de Leiria.
Em Setembro presta provas para cônsul de 1ª classe no Ministério dos Negócios Estrangeiros, ficando classificado em primeiro lugar.
=> 1871 - É publicado o primeiro número d'As Farpas dirigido por Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão.
=> Realizam-se as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, não se tendo cumprido a totalidade do programa previsto devido à proibição governamental ter impedido a sua continuação. Eça profere a quarta conferência intitulada "A Nova Literatura ou O Realismo como Expressão de Arte".
=> 1872 - É nomeado cônsul de 1ª classe nas Antilhas espanholas. No final do ano será empossado no seu cargo em Havana, aí permanecendo durante dois anos.
=> 1873 - Viagem pelo Canadá, Estados Unidos e América Central.
=> 1874 - Publicação do conto«Singularidades de Uma Rapariga Loura» no Brinde aos senhores assinantes do "Diário de Notícias" para 1873.
Transferência para o consulado de Newcastle-upon-Tyne.
=> 1875 - Publicação na Revista Ocidental, dirigida por Antero de Quental e Jaime Batalha Reis, da primeira versão de O Crime do Padre Amaro.
Conclusão da escrita de O Primo Basilio em Newcastle.
=> 1877 - Publicação no jornal portuense A Actualidade das crónicas «Cartas de Inglaterra», mantendo-se a colaboração até 1878.
Inícia a escrita de A Capital!, publicada vinte e cinco anos após a sua morte.
=> 1878 - Contatos com o editor Chardron apresentando Cenas da Vida Portuguesa, projecto para 12 volumes de novelas.- Publicação de O Primo Basílio (1.' e 2.' ed.) Transferência para o consulado de Bristol.
Inicia a sua colaboração com um jornal do Rio de Janeiro, a Gazeta de Notícias, que só terminará em 1897.
=> 1879 - Escrita de O conde de Abranhos e de A Catástrofe, publicados em 1925
=> 1880 - Segunda edição em livro de O Crime do Padre Amaro.
Publicação da novela O Mandarim em folhentins do Diário de Portugal.
Publicação dos contos «Um Poeta Lírico» e «No Moinho», em O Atlântico.
=> 1883 - É eleito sócio correspondente da Academia Real das Ciências.
Reescreve O Mistério da Estrada de Sintra.
=> 1884 - Visita a Costa Nova na companhia da condessa de Resende e das suas filhas Emília e Benedita.
Publicação na Revue universelle internationale da tradução francesa de O Mandarim, com um prefácio de Eça, escrito em francês.
Segunda edição de O Mistério da Estrada de Sintra.
=> 1885 - Visita Zola em Paris.
A sua legitimação é tornada oficial pelos pais.
=> 1886 - Casamento com Emília de Castro Pamplona (Resende), no oratório particular da Quinta de Santo Ovídio no Porto.
Prefacia os livros Azulejos do conde de Arnoso e O Brasileiro Soares de Luís de Magalhães.
=> 1887 - Concorre com A Relíquia ao Prémio D. Luís da Academia Real das Ciências, perdendo a favor de Henrique Lopes de Mendonça com a obra O Duque de Viseu.
Publicação de A Relíquia.
Data provável de escrita de Alves & C.ª.
=> 1888 - Nomeado cônsul em Paris.
Polêmica com Pinheiro Chagas a propósito da atribuição do Prémio D. Luís.
Publicação de Os Maias.
Publicação no jornal portuense O Repórter, dirigido por Oliveira Martins, de algumas «Cartas de Fradique Mendes».
Forma-se em Lisboa o grupo d'Os Vencidos da Vida.
=> 1889 - Prefacia o livro de poemas Aguarelas de João Dinis.
Sai o primeiro número da Revista de Portugal, de que é diretor.
=> 1890 - Publicação do primeiro volume de Uma Campanha Alegre, reunindo a colaboração de Eça n'As Farpas.
=> 1891 - Traduz As Minas de Salomão, de Henry Rider Haggard.
=> 1892 - Publicação do conto «Civilização», na Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro.
=> 1893 - Publica na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro a Crónica «Tema para Versos», que inclui o conto «A Aia».
=> 1894 - Inicia a escrita de A Ilustre Casa de Ramires.
Publicação de «As histórias: O Tesouro» e «As histórias: frei Genebro», na Gazeta de Notícias.
=> 1895 - Organiza, em colaboração com José Sarmento e Henrique Marques, o Almanaque Enciclopédico para 1896 .
Publicação de «O Defunto» na Gazeta de Notícias.
=> 1896 - Organiza, com os mesmos colaboradores, o Almanaque Enciclopédico para 1897.
Publicação de Antero de Quental - In Memoriam em que Eça colabora com o texto «Um génio que era um santo».
=> 1897 - Começa a publicação em Paris da Revista Moderna. Nos dois primeiros números publica os contos «A Perfeição» e «José Matias».
A Ilustre Casa de Ramires começa a ser publicado na mesma Revista, no número de Novembro, dedicado a Eça de Queiroz.
=> 1898 - Publicação na Revista Moderna do conto "O Suave Milagre".
=> 1899 - Prepara, em simultâneo, a publicação de três romances: A correspondência de Fradique Mendes, A Cidade e as Serras e A Ilustre Casa de Ramires.
=> 1900 - Eça de Queiroz morreu na cidade de Paris. Suas obras foram traduzidas em várias línguas. É considerado até os dias de hoje como sendo um dos principais representantes do realismo português.

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