PENTECOSTES - 50 DIAS APÓS A PÁSCOA

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O quinquagésimo dia é uma importante celebração do calendário cristão e comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo. Pentecostes (em grego antigo πεντηκοστή [ἡμέρα], pentekostē [hēmera], .

O Pentecostes é celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa. O dia de Pentecostes ocorre no décimo dia depois do dia da Ascensǎo. Pentecostes é histórica e simbolicamente ligado ao festival judaico da colheita, que comemora a entrega dos Dez mandamentos no Monte Sinai cinquenta dias depois do Êxodo. Para os cristāos, o Pentecostes celebra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e seguidores de Cristo, através do Dom de línguas, como descrito no Novo Testamento, durante aquela celebração judaica do quinquagésimo dia em Jerusalém. Por esta razão o dia de Pentescostes é às vezes considerado o dia do nascimento da igreja. O movimento pentecostal tem seu nome derivado desse evento.


O Pentecostes é o nome de uma festa do antigo calendário bíblico, (Ex 23.14-17; 34.18-23). Originalmente, essa festa é referida com vários nomes:

Festa da Colheita ou Sega - no hebraico hag haqasir. Por se tratar de uma colheita de grãos, trigo e cevada, essa festa ganhou esse nome.(Ex 23.16).

Festa das Semanas - no hebraico, hag xabu´ot. A razão desse nome está no período de duração dessa celebração: sete semanas. O início da festa se dá, cinquenta dias depois da Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontece com a colheita do trigo (Ex 34.22; Nm 28.26; Dt 16.10).

O Dia das Primícias dos Frutos - no hebraico yom habikurim. Este nome tem sua razão de ser na entrega de uma oferta voluntária, a Deus, dos primeiros frutos da terra colhidos naquela sega (Nm 28.26). Provavelmente, a oferta das primícias acontecia em cada uma das três tradicionais festas do antigo calendário bíblico. Na primeira, Páscoa, entregava-se uma ovelha nascida naquele ano; na segunda, Colheita ou Semanas, entregava-se uma porção dos primeiros grãos colhidos; e, finalmente, na terceira festa, Tabernáculos ou Cabanas, o povo oferecia os primeiros frutos da colheita de frutas, como uva, tâmara e figo, especialmente.

Festa de Pentecostes. As razões deste novo nome são várias: (a) nos últimos trezentos anos do período do Antigo Testamento, os gregos assumiram o controle do mundo, impondo sua língua, que se tornou muito popular entre os judeus. Os nomes hebraicos - hag haqasir e hag xabu´ot - perderam as suas atualidades e foram substituídos pela denominação Pentecostes, cujo significado é cinquenta dias depois (da Páscoa). Como o Império Grego passou a ter hegemonia em 331 a.C., é provável que o nome Pentecostes tenha ganhado popularidade a partir desse período.

Cerimônia

Enquanto a Páscoa era uma festa caseira, Colheita ou Semanas ou Pentecostes era uma celebração agrícola, originalmente, realizada na roça, no lugar onde se cultivava o trigo e a cevada, entre outros produtos agrícolas. Posteriormente, essa celebração foi levada para os lugares de culto, particularmente, o Templo de Jerusalém. Os muitos relatos bíblicos não revelam, com clareza, a ordem do culto, mas é possível levantar alguns passos dessa liturgia:

A cerimônia começava quando a foice era lançada contra as espigas (Dt 16.9). É bom lembrar que deveria ser respeitada a recomendação do direito de respigar dos pobres e estrangeiros (Lv 23.22; Dt 16.11)

A cerimônia prosseguia com a peregrinação para o local de culto (Ex 23.17)

O terceiro momento da festa era a reunião de todo o povo trabalhador com suas famílias, amigos e os estrangeiros (Dt 16.11). Essa cerimônia era chamada de "Santa Convocação" (Lv 23.21). Ninguém poderia trabalhar durante aqueles dias, pois eram considerados um período de solene alegria e ação de graças pela proteção e cuidado de Deus (Lv 23.21)

No local da cerimônia, o feixe de trigo ou cevada era apresentado como oferta a Deus, o Doador da terra e a Fonte de todo bem (Lv 23.11)

Os celebrantes alimentavam-se de parte das ofertas trazidas pelos agricultores

As sete semanas de festa incluíam outros objetivos, além da ação de graças pelos dons da terra: reforçar a memória da libertação da escravidão no Egito e o cuidado com a obediência aos estatutos divinos (Dt 16.12).

Observação: Era ilegal usufruir da nova produção da roça, antes do cerimonial da Festa das Colheitas (Lv 23.14).

Características da celebração

-A Festa das Colheitas era alegre e solene (Dt 16.11);
-A celebração era dedicada exclusivamente a Javé (Dt 16.10);
-Era uma festa ecumênica, aberta para todos os produtores e seus familiares, os pobres, os levitas e os estrangeiros (Dt 16.11). Enfim, todo o povo apresentava-se diante de Deus. Reconhecia-se e afirmava-se o compromisso de fraternidade e a responsabilidade de promover os laços comunitários, além do povo hebreu;
-Agradecia a Deus pelo dom da terra e pelos estatutos divinos (Dt 15.12);
-Era uma "Santa Convocação". Ninguém trabalhava (Lv 23.21);
Era celebrado o ciclo da vida, reconhecendo que a Palavra de Deus estava na origem da vida " da semente " da árvore " do fruto " do alimento " da vida.

O Pentecostalismo

Pentecostes é o símbolo do Cenáculo, onde os Apóstolos se reuniram, pela primeira vez, à espera do Espírito Santo. No Cenáculo, desde a fundação, a comunidade cristã aí se reúne, para ser conduzida pelo Sopro Inspirador, compartilhando o amor em Cristo. Atualmente o 50.º dia após a Páscoa é considerado pelos cristãos o dia de Pentecostes. Pentecostes é quando o Espírito Santo visita os apóstolos e desce sobre eles, na forma de fogo (mera representação). A partir daí os apóstolos passam a pregar o Evangelho em línguas estranhas: Há ação do Espírito Santo no ser humano sempre que este se converte dos seus pecados, pelo arrependimento, e passa a crer em Jesus Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador, pedindo a Deus que lhe revista e encha do Espírito Santo. Tal experiência é chamada de batismo no Espírito Santo. Isto tem ocorrido durante toda a história do cristianismo, sendo enfatizado, especialmente, em meados do século XX com o surgimento das primeiras Igrejas Protestantes Pentecostais, as quais enfatizam os dons do Espírito, ou pelos membros da Renovação Carismática Católica (RCC) que, seguindo a doutrina e as diretrizes de sua Igreja, fazem o mesmo.


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