GUERRA DE TRÓIA - GREGOS E TROIANOS - O CAVALO DE TRÓIA

Historiadores possuem muito poucas informações sobre a Guerra de Tróia. Sabe-se que foi um episódio da história da Grécia Antiga.
A principal fonte sobre a Guerra de Tróia é o livro Ilíada, do poeta grego Homero. O poeta narra, em versos, os acontecimentos do último ano da guerra. Porém, a história se passa num período muito anterior ao próprio Homero, que acredita-se, tenha vivido por volta do século VIII a.C. Sendo assim, é preciso ter em mente que o grego relata acontecimentos que teriam chegado a ele por tradição oral (histórias contadas de geração para geração, sem registro escrito); portanto, é muito difícil para os historiadores conseguir separar os fatos da narrativa ficcional.

A Guerra de Tróia tem sua origem na mitologia grega. Os deuses e heróis mitológicos têm participação fundamental nos acontecimentos. O mito se inicia muito antes da guerra propriamente dita. Tudo começa quando Posseidon, deus dos mares, decide que quer Tétis (uma das mais importantes ninfas do mar) como sua esposa. A ninfa possuía uma beleza extraordinária, e era cobiçada tanto por homens como por deuses.

Entretanto, o titã "Prometeu", que era conhecido pela exatidão de suas profecias, predisse que o filho de Tétis seria mais importante que seu pai. Posseidon assusta-se com a idéia e decide entregar a ninfa em casamento a Peleu, um homem já velho; para o deus, o fato de ter um pai mortal enfraqueceria o poder da criança que deveria nascer de Tétis.

O "Cavalo de Tróia"

Da união de Peleu com a ninfa nasce Aquiles. Sua mãe, decidida a fortalecer a criança, mergulha-a nas águas do rio Estige; esse mergulho visava tornar a criança invulnerável, superando sua mortalidade. O único ponto que permaneceu vulnerável foi o calcanhar do menino, por onde a mãe o segurou ao colocá-lo na água. Assim, Aquiles permanece mortal, graças a seu único ponto fraco (é daí que vem a famosa expressão “calcanhar de Aquiles”, que significa ponto fraco). O menino cresce e se torna um dos mais poderosos guerreiros da Grécia. Porém, tem de escolher seu destino, a partir de uma profecia feita por sua mãe: poderia permanecer em sua cidade natal e morrer bastante idoso, cercado por uma família, mas distante da glória e da fama; se fosse para a guerra, se tornaria parte importante da História, mas morreria muito jovem.

O casamento de Peleu e Tétis foi celebrado com muita pompa, numa grande festa. Para o evento foram convidados todos os reis da Grécia e divindades do Olimpo. Apenas uma deusa não foi chamada: Éris, a Discórdia. Profundamente ofendida, Éris, envolta num manto invisível, vai ao local da festa e coloca sobre uma mesa um pomo de ouro, com a seguinte inscrição gravada: “para a mais bela”. Três deusas reclamaram sua posse: Atenas, Hera e Afrodite. As três eram belíssimas; como resolver a questão?

Embora se precisasse de um juiz, nenhum deus quis arriscar-se a julgar uma disputa tão perigosa. Chamaram então o mortal Páris, príncipe de Tróia, que estava sendo criado como pastor. O jovem encontrou grande dificuldade em tomar uma decisão; assim, as três deusas procuraram encorajá-lo com presentes. Atenas prometeu-lhe enorme sabedoria; Hera, glória na guerra e riqueza; Afrodite, o amor da mulher mais bela do mundo. Esta última oferta seduz o pastor, que dá o pomo a Afrodite; torna-se seu protegido, mas recebe o ódio das outras duas deusas.

Guerra de Tróia - Gregos e Troianos

Helena, princesa espartana filha de Zeus e de Leda, era a mulher mais bela do mundo. Porém, sua mão foi dada em casamento ao grego Menelau, que se tornou rei de Esparta. Páris, até o julgamento, não conhecia Helena. É depois de ter dado o pomo a Afrodite que ele recebe a missão de ir a Esparta, com seu irmão Heitor, para estabelecer relações diplomáticas entre a cidade grega e sua cidade natal, Tróia.

Uma vez em Esparta, Páris se apaixona por Helena e ela corresponde ao seu amor; assim, quando chega o momento do retorno dos troianos à sua cidade, Paris esconde a amante em seu navio. Ao descobrir a fuga da mulher, Menelau fica furioso e decide declarar guerra à Tróia. Recebe para isso o apoio dos outros reis gregos, que vêem na guerra uma ótima oportunidade para conquistar as riquezas pelas quais Tróia era famosa.

Os gregos partem para a guerra com um enorme exército. Sua frota de navios sai de Atenas em direção à Tróia. Ao aportar nas praias do inimigo, os gregos se deparam com um problema: os troianos possuíam enormes muralhas que cercavam sua cidade, criando uma barreira quase intransponível. Durante dez anos os gregos tentarão de diversas formas atrair seus inimigos para fora das muralhas, sem sucesso.

Os deuses teriam intercedido diversas vezes a favor de gregos e troianos, nas várias batalhas que compuseram a Guerra de Tróia. Afrodite, por ter ganho de Páris o pomo, apoiava os troianos, juntamente com Ares (deus da guerra), Posseidon, entre outros. Do lado dos gregos estavam Atenas, Hera e Hefestos (deus do fogo). Durante as batalhas, os deuses impediam ou favoreciam ataques para defender seus protegidos, enviando tempestades, nuvens de poeira, ondas insuportáveis de calor; em suma, tudo o que pudessem fazer para ver seu lado preferido vitorioso.

O episódio que encerrou a Guerra foi desencadeado pela deusa Atena. Ela aparece para Ulisses, general grego, e explica a ele como derrotar o inimigo: os gregos deveriam construir um gigantesco cavalo de madeira, oco por dentro. Deveriam levantar acampamento e agir como se desistissem da guerra; enquanto isso, diversos guerreiros se esconderiam no interior do enorme cavalo, que deveria ser colocado na porta principal de Tróia.



Os troianos, vendo o acampamento dos gregos abandonado, acreditam que seus inimigos desistiram da guerra e, notando o enorme cavalo de madeira junto à porta principal, imaginam tratar-se de um presente dos deuses para celebrar sua vitória. Apesar dos protestos de Páris, que não acredita na desistência dos gregos, os cidadãos levam o cavalo para dentro das muralhas. Tróia organiza uma enorme festa de celebração pelo fim da guerra, na qual tomam parte homens, mulheres, crianças e anciãos. Quando a festa está no final e os cidadãos embriagados adormecem nas ruas de Tróia, o exército grego sai de dentro do cavalo de madeira e incendeia a cidade, liquidando com os troianos dentro de suas próprias muralhas. Dessa forma, a Grécia se sagra vitoriosa na guerra, utilizando-se do "Cavalo de Tróia".


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