TELEGRAFIA NO BRASIL - 11 DE MAIO - HISTÓRIA DA TELEGRAFIA

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Samuel Finley Breese Morse (Massachusetts, Estados Unidos, 27/04/1791 - Nova York, 02/04/1872), foi o inventor da telegrafia.

 O Telégrafo

Samuel Morse estudou no Yale College, onde se interessou por eletricidade. Em 1832, durante uma viagem de navio, participou de uma conversa sobre o eletroímã, dispositivo ainda pouco conhecido. Em 1835 construiu finalmente seu primeiro protótipo funcional de um telégrafo, pesquisando-o até 1837, quando finalmente passou a dedicar-se inteiramente ao seu invento. Em meados de 1838 finalmente estava com um código de sinais realmente funcional chamado Código Morse.

Em 1843, Morse obteve recursos financeiros para sua invenção, através do Congresso norte-americano. Em 1844 foi terminada a primeira linha telegráfica ligando Baltimore a Washington, DC, quando se deu a primeira transmissão oficial cuja mensagem foi: "What hath God wrought!" (Que obra fez Deus!)

Tendo sido muito utilizada pelas corporações militares, a telegrafia, após a Segunda Guerra Mundial passou a ser usada em paralelo com outras modalidades de transmissão como o SSB Single Side Band, atualmente utiliza-se o rádio pacote para comunicações criptografadas mas o código morse ainda continua sendo usado em NDB que são uma espécie de rádio-farol utilizado na navegação aérea e marítima.

Alguns satélites também utilizam o código morse para seu sinal de identificação e localização por telemetria.

O Código Morse ainda hoje é amplamente utilizado no mundo inteiro pelo radioamadorismo todos os dias milhares de "pontos e traços" cruzam os ares através das transmissões de milhares de entusiastas deste modo de emissão.

Podemos encontrar na internet, softwares de treinamento de código morse como o LCWO por exemplo.

O telégrafo no Brasil

Inaugurado no Brasil em 11 de maio de 1852, o telégrafo visava, a modernização e a facilitação da comunicação entre o Palácio Imperial, e o Quartel do Campo, no Rio de Janeiro.

Poucos anos após a introdução do telégrafo nos Estados Unidos por Samuel Morse, as primeiras linhas telegráficas do País datam de 1852, . A instalação dessas linhas foi devida aos esforços do então Ministro da Justiça, Eusébio de Queiroz Coutinho Mattoso Câmara, com o auxílio de um proficiente e dedicado professor de física da Escola Central, Dr. Guilherme Schuch de Capanema.

Fortalecida no ano seguinte, a necessidade de integração política, o sistema telegráfico foi ampliado, passando a constituir uma pequena rede, incluindo o quartel-general, o morro do Castelo, o quartel de permanentes e os arsenais de Guerra e da Marinha. No ano de 1855, dada a importância desses serviços, o Imperador, D. Pedro II nomeou Guilherme Schüch de Capanema, mais tarde barão de Capanema, diretor geral dos Telégrafos Elétricos.

Samuel Morse - inventor do telégrafo

Em 1854, foi feita a ligação telegráfica entre o Palácio de São Cristóvão e o Ministério da Guerra. Em fins do século XIX, registrou-se uma ampliação do serviço telegráfico, passando a incluir outras províncias, como Paraíba, Pernambuco e o atual estado do Ceará, estas instalações foram realizadas por Rondon, Major responsável por grande parte destes serviços telegráficos no Brasil. No dia 11 de maio de 1852 foi, afinal, inaugurada a primeira linha telegráfica brasileira, que era subterrânea e tinha 4.300m de extensão, entre o Palácio da Quinta da Boa Vista e o Quartel General do Exército no Campo de Santana, no Rio de Janeiro. A linha foi construída sob a supervisão direta do Professor Capanema, com o auxílio de alunos da Escola Militar, que foram instruídos como telegrafistas. Para essa construção foi aproveitada a mão-de-obra de presos da Casa de Correção.

Criado por Samuel Morse, o Telégrafo foi adaptado e aprimorado por diferentes outros pesquisadores, chegando ao Brasil na segunda metade do século XIX, alcançando uma maior difusão por volta de fins deste mesmo século, pela ação de Candido Mariano da Silva Rondon, considerado patrono das comunicações no Brasil.


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