DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL - 02 DE ABRIL

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Livro Infantil - O que é

É uma obra escrita, ilustrada ou não, lida e apreciada pelas crianças.
Geralmente, as histórias desses livros são inspiradas nas lendas e tradições do folclore dos povos, como os clássicos da literatura mundial, mas há também livros apenas ilustrados, sem texto. Esses livros podem ter, ainda, caráter didático ou apenas lúdico.

O honroso título de "criador da literatura infantil internacional", ocorre em homenagem ao poeta e novelista Hans Christian Andersen, nascido na Dinamarca aos 02 de abril de 1805.

Hans Christian Andersen 
Pai da literatura internacional infantil

O dia 02 de abril é festejado em mais de sessenta países.

Cada escritor deixou sua marca na literatura infantil. Esopo ficou célebre na Grécia em razão de suas fábulas: a cigarra e a formiga, a tartaruga e a lebre, a raposa e as uvas etc. Jean de La Fontaine, autor francês, reescreveu as fábulas de Esopo e o lobo e o cordeiro, o leão e o rato etc. O francês Charles Perrault também escreveu contos inesquecíveis: O gato de botas, a Bela Adormecida, O Pequeno Polegar.

Os contos dos irmãos alemães Jacob e Wilhelm Grimm fascinam o mundo infantil até hoje. Os mais famosos são: Branca de Neve e os sete anões, Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, Rapunzel.

A Literatura Infantil surgiu no século XVII, no intuito de proporcionar educação e entretenimento para as crianças.

Hans Christian Andersen, embora fosse de origem pobre, isso não constituiu uma barreira para que ele se tornasse o mais conhecido escritor dinamarquês, com livros que até hoje encantam as crianças do mundo inteiro.

Sua primeira poesia "O Menino Moribundo" foi o início de sua vida literária. Depois sua obra se estendeu aos clássicos infantis, consagrados em todo o mundo, como: A vendedora de fósforos, A pequena sereia, A roupa nova do rei, O patinho feio, O saldadinho de chumbo, O rouxinol.

Pequena Sereia

Há escritores brasileiros que contribuíram muito para a literatura infantil, como Monteiro Lobato e Vicente Guimarães.

O primeiro, nascido em 1882, criou a famosa boneca Emília e contou suas aventuras nas obras Reinações de Narizinho, Viagem ao céu, O saci, Caçadas de Pedrinho, Serões de dona Benta, O pica-pau amarelo etc. cheias da riqueza de nossas lendas e do nosso folclore. Pela importância de sua obra, o Brasil adotou a data de seu nascimento - 18 de abril - para festejar nacionalmente o livro infantil: (ver p.159).

O segundo autor era tio de Guimarães Rosa; adotou a linha "cristã e otimista", confirmando no Brasil inteiro o apreço e carinho por sua obra. É dele o livro Vovô Felício, que identifica seu propósito de tratar cada criança como "seu próprio netinho".

Não menos famosos escritores brasileiros existem como: Maria Clara Machado, cujos textos são lidos e encenados nos palcos dos teatros pelas crianças - o mais conhecido, sem dúvida, é Pluft, o fantasminha -, Maria José Dupré, Francisco Marins, os poetas Manuel Bandeira, Henriqueta Lisboa, Cecília Meireles e Vinícius de Moraes, Orígenes Lessa, Tatiana Belinky, Lygia Bojunga Nunes (Angélica, A bolsa amarela, O sofá estampado), Ziraldo (O menino maluquinho, Rolim), Ruth Rocha (Marcelo, marmelo, martelo, Faca sem ponta, galinha sem pé) Ana Maria Machado (O tesouro da raposa, Mico Maneco), Sylvia Orthof (Maria-vai-com-as-outras, Pomba Colomba), Pedro Bandeira (A droga da obediência, o fantástico mundo de feiurinha), entre muitos outros.

O Dia Internacional do Livro Infantil

Graças à sua contribuição para a literatura infanto-juvenil, a data de seu nascimento, 2 de abril, é o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil. Além disso, o mais importante prêmio internacional do gênero, o Prêmio Hans Christian Andersen, tem seu nome.

Anualmente, a International Board on Books for Young People (IBBY) oferece a Medalha Hans Christian Andersen para os maiores nomes da literatura infanto-juvenil. A primeira representante brasileira a ganhá-la foi Lygia Bojunga, em 1982.

Foi feito um filme no qual foi romanceada a história de Hans, mesclando trechos de seus contos com sua vida, cujo título no Brasil foi A vida num conto de fadas (no original em inglês, Hans Christian Andersen: My Life as a Fairy Tale).

Hans Christian Andersen visitou Portugal em 1866 a convite da família O'Neill, cuja amizade terá sido alimentada nos bancos da escola em Copenhaga. Durante a sua estadia de cerca de dois meses em Portugal, regista as suas impressões sobre várias cidades portuguesas (Lisboa, Setúbal, Palmela, etc.) fazendo grandes elogios à sua paisagem. “O sol brilhava no céu claro e sobre as águas tranquilas. Em frente erguia-se Lisboa nas suas soberbas colinas, como uma monumental ampliação fotográfica. À medida que nos afastávamos, evidenciavam-se os recortes como vagas enormes de casas e palácios...

Quem foi Hans Christian Andersen

(Odense, Dinamarca, 2 de Abril de 1805 — Copenhague, 4 de Agosto de 1875) foi um escritor de histórias infantis. O pai era sapateiro, o que levou Andersen a ter dificuldades para se educar, mas os seus ensaios poéticos e o conto "Criança Moribunda" garantiram-lhe um lugar no Instituto de Copenhague. Escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias, e, principalmente, contos de fadas, pelos quais é mundialmente conhecido.

Entre os contos de Andersen, destacam-se: O Abeto, O Patinho Feio, A Caixinha de Surpresas, Os Sapatinhos Vermelhos, O Pequeno Cláudio e o Grande Cláudio, O Soldadinho de Chumbo, A Pequena Sereia, A Roupa Nova do Rei, A Princesa e a Ervilha, A Pequena Vendedora de Fósforos, A Polegarzinha, dentre outros.


Publicou ainda: O Improvisador (1835), Nada como um menestrel (1837), Livro de Imagens sem Imagens (1840), O romance da minha vida (autobiografia em dois volumes, publicada inicialmente na Alemanha em 1847), mas a sua maior obra foram os contos de fadas (Eventyr og Historier, ou Histórias e Aventuras) que publicou de 1835 à 1872, onde o humor nórdico se alia a uma bonomia sorridente, e onde usa simultaneamente a base constituída por contos populares e uma ironia dirigida aos contemporâneos.

História e literatura de Andersen

Hans Christian Andersen nasceu no seio de uma família dinamarquesa muito pobre. O seu pai era um sapateiro de vinte e dois anos, instruído mas de saúde fraca e de uma lavadeira vários anos mais velha. Toda a família vivia e dormia num único quarto. O pai adorava o seu filho a quem fomentou a imaginação e a criatividade, deixando-o aprender a ler, contando-lhe histórias e, mesmo, fabricando-lhe um teatrinho de marionetas. Hans apresentava no seu teatro peças clássicas, tendo chegado a memorizar muitas peças de Shakespeare, que encenava com seus brinquedos.

O pai de Andersen considerava-se ligado à nobreza. Segundo estudiosos do Hans Christian Andersen Center, sua avó paterna dizia a seu pai que sua família no passado pertencera a uma classe social mais elevada, mas as investigações provam que essas histórias não tem fundamento. A família aparentemente tinha ligações com a realeza dinamarquesa, mas através de emprego ou comércio. Hoje persistem especulações de que Andersen pode ter sido um filho ilegítimo da família real. Seja qual for o motivo, Frederico VI teve um interesse pessoal nele quando jovem e pagou uma parte de sua educação. Segundo o escritor Rolf Dorset, a ascendência de Andersen permanece indeterminada.

Em 1816, seu pai morreu e ele, com apenas onze anos de idade, foi obrigado a abandonar a escola.

Hans Christian foi forçado a se sustentar. Trabalhou como aprendiz de tecelão e, mais tarde, para um alfaiate. Aos 14 anos, mudou-se para Copenhague para procurar emprego como ator. Tendo uma excelente voz de soprano, foi aceito no Teatro Real da Dinamarca, mas sua voz logo mudou. Um colega do teatro disse-lhe que o considerava um poeta. Levando a sério a sugestão, começou a focar-se na literatura.

Andersen nasceu e viveu numa época em que a Dinamarca regressava ao nacionalismo ancorado em valores ancestrais. De certa forma graças à sua infância pobre, Andersen teve a chance de conhecer os contrastes da sua sociedade, o que influenciou bastante as histórias infantis e adultas que viria a escrever quando mais velho.

Em Copenhague as suas atitudes diferentes, depressa o isolaram como um lunático. Apesar da sua voz lhe ter falhado, foi admitido no Teatro Real pelo seu diretor, Jonas Collin, de quem se tinha aproximado e que seria seu amigo para o resto da vida. Andersen trabalhou no teatro como ator e bailarino, para além de escrever algumas peças.

Andersen teve uma meia-irmã, Karen Marie, com quem ele conseguiu falar apenas em algumas ocasiões antes de sua morte. Jonas Collin, que após um encontro casual com Andersen imediatamente sentiu um grande carinho por ele, enviou-lhe para uma escola em Slagelse, cobrindo todas as suas despesas. Andersen já havia publicado seu primeiro conto, O Fantasma da Tumba de Palnatoke, em 1822 . Embora não tenha sido um aluno exemplar, ele também frequentou a escola em Elsinore, até 1827.

Apesar da sua aversão aos estudos, Andersen permaneceu em Slagelse e Elsinor até 1827, embora tenha confessado mais tarde que estes foram os anos mais escuros e amargos da sua vida. Durante esse período, Collin financiou os seus estudos.

Em 1828, foi admitido na Universidade de Copenhague. Em 1829, quando os seus amigos já consideravam que nada de bom resultaria da sua excentricidade, obteve considerável sucesso com Um passeio desde o canal de Holmen até à ponta leste da ilha de Amager, e acabou por alcançar reconhecimento internacional em 1835, quando lançou o romance O Improvisador, na sequência de viagens que o tinham levado a Roma, depois de passar por vários países da Europa.


Contudo, apesar de ter escrito diversos romances adultos, livros de poesia e relatos de viagens, foram os contos de fadas que tornaram Hans Christian Andersen famoso. Especialmente pelo fato de que, até então, eram muito raros livros voltados especificamente para crianças.

Ele foi, segundo estudiosos, a "primeira voz autenticamente romântica a contar histórias para as crianças" e buscava sempre passar padrões de comportamento que deveriam ser adotados pela nova sociedade que se organizava, inclusive apontando os confrontos entre "poderosos" e "desprotegidos", "fortes" e "fracos", "exploradores" e "explorados". Ele também pretendia demonstrar a idéia de que todos os homens deveriam ter direitos iguais.

Entre 1835 e 1842, Andersen lançou seis volumes de Contos, livros com histórias infantis traduzidos para diversos idiomas. Ele continuou escrevendo seus contos infantis até 1872, chegando à marca de 156 histórias. No começo, escrevia contos baseados na tradição popular, especialmente no que ele ouvia durante a infância, mas depois desenvolveu histórias no mundo das fadas ou que traziam elementos da natureza.


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